A decisão ocorre enquanto o presidente norte-americano, Donald Trump, e o procurador-geral, William P. Barr, alertam para um processo de fraude na votação, potencialmente comprometendo a confiança no sistema eleitoral do país, diz o jornal New York Times.
Em um memorando enviado nesta sexta-feira (2), citado pelo jornal, um advogado do Departamento de Justiça em Washington afirma aos promotores em um memorando que suspeitas de fraudes nas eleições poderiam ser investigadas antes dos votos serem contatos.
Esta medida reverteu uma longa política de décadas em que não se abriam inquéritos durante o processo eleitoral por "inibirem atividades legítimas de votação e campanha" ou por "interporem a própria investigação como uma questão" para os eleitores.
A exceção aberta pelo Departamento de Justiça permite a investigadores medidas como questionar testemunhas, o que antes estava fora dos limites previstos até os resultados da eleição serem divulgados.
Contudo, o departamento afirmou que o memorando não foi um ato político.
"Promotores de carreira na seção de Integridade Pública da Divisão Criminal do departamento enviam rotineiramente orientações ao campo durante o período eleitoral", disse Matt Lloyd, porta-voz do departamento.
"Este e-mail foi simplesmente parte do processo em curso de prover orientações rotineiras relacionadas a questões eleitorais", acrescentou.
A nova orientação alimentou o medo de que nomeados políticos de Trump, liderados por Barr, utilizam o poder do Departamento de Justiça para ajudar na reeleição do mandatário.
Donald Trump expressou inúmeras vezes sua preocupação de que a votação por correio possa oferecer oportunidades para falsificar o resultado das eleições.
Durante as próximas votações, programadas para 3 de novembro, o atual presidente buscará sua reeleição, enfrentando o ex-vice-presidente Joe Biden.