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Com 133,5 milhões de brasileiros, Classe C alcança patamar histórico, diz estudo

© Folhapress / Aloisio Mauricio /FotoarenaEm meio à pandemia, a movimentação para o Dias da Crianças é intensa. Na foto, Rua Antonio Agú na cidade de Osasco, na grande São Paulo
Em meio à pandemia, a movimentação para o Dias da Crianças é intensa. Na foto, Rua Antonio Agú na cidade de Osasco, na grande São Paulo - Sputnik Brasil
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Auxílio emergencial e diminuição da renda da parcela mais rica da população fez 21,4 milhões de brasileiros entrarem na classe C até agosto de 2019, segundo estudo da FGV divulgado nesta quinta-feira (8).

A Classe C é considerada o meio da pirâmide de renda. A pesquisa foi conduzida pelo economista Marcelo Neri, diretor da Fundação Getúlio Vargas Social. 

De acordo com o estudo, atualmente 133,5 milhões estão nessa faixa, ou 63% da população brasileira. O recorde anterior era de 2014, quando 55,10% dos brasileiros eram da Classe C. 

De acordo com economista, o auxílio emergencial fez 15 milhões de pessoas saírem da pobreza em apenas nove meses. A pesquisa ressaltou que se o benefício acabar totalmente, esse contingente seria jogado de volta para essa condição. 

"Uma dose cavalar de transferência", disse ele em entrevista ao jornal O Globo. 

4,8 milhões desceram para a Classe C

Além disso, o aumento dessa faixa foi causado pelo fato de 4,8 milhões de pessoas da classe média alta (que tem rendimento per capita a partir de dois salários mínimos) terem perdido renda e descido para a Classe C.  

"Essa classe média baixa, identificada com Classe C, foi alimentada por boas notícias dos pobres e más notícias de quem estava acima", disse o economista. 

O estudo mostrou ainda que o número de brasileiros que ganham menos de meio salário mínimo (ou R$ 515 reais por mês) recuou 23,7%, atingindo nova mínima histórica de 50 milhões de pessoas, graças ao auxílio mensal. 

O benefício para ajudar a população atingida pela crise do coronavírus começou com R$ 600. Depois, passou para R$ 300 até dezembro. Agora, o governo discute hoje como continuar ajudando a parcela mais pobre da população, o que poderia ser feito pelo programa Renda Cidadã, que substituiria o Bolsa Família. 

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