Ladrões roubaram o pergaminho da casa de um colecionador de arte e depois o venderam por uma pequena fração de seu valor real, no que um policial considerou ser o maior roubo da história de Hong Kong.
O objeto contém estrofes de poesia escritas à mão pelo fundador da República Popular da China, que governou o país de 1949 a 1976. É estimado que seu valor seja de cerca de 2,3 bilhões de dólares de Hong Kong (R$ 1,64 bilhão), de acordo com o proprietário citado pelo jornal South China Morning Post.
O tesouro foi roubado em um grande assalto em 10 de setembro, quando três homens invadiram a casa de Fu Chunxiao, um conhecido colecionador de selos e arte revolucionária. Os ladrões também levaram selos antigos, moedas de cobre e outras peças de caligrafia de Mao Tsé-Tung, com um valor total do produto do roubo de cerca de cinco bilhões de dólares de Hong Kong (R$ 3,57 bilhões), segundo Fu.
Uma das peças roubadas, um manuscrito, foi vendida por apenas 500 dólares de Hong Kong (R$ 356,81) a outro colecionador de arte, que a achou falsa, considerando seu preço. O comprador soube através de um apelo público feito pela polícia sobre o caso e se entregou com os dois pedaços do pergaminho.
Não ficou claro quem exatamente cortou o pergaminho, mas, segundo um dos policiais, "alguém achou que a caligrafia era muito longa, com 2,8 metros de comprimento, e era difícil de mostrar e exibir. É por isso que foi cortada ao meio".
Uma das versões afirma que foi o novo proprietário do tesouro roubado que o destruiu.
"Foi de partir o coração ver que tinha sido cortado em dois pedaços. Sem dúvida, isso afetará seu valor, mas o impacto ainda está para ser visto", disse Fu.
Um suspeito do assalto foi preso, mas os dois outros ladrões que invadiram a casa do colecionador ainda estão à solta.