"Em violação ao acordo de cessar-fogo humanitário, as Forças Armadas do Azerbaijão estão realizando ataques na direção sul, usando veículos blindados e mísseis. Unidades do Exército de Defesa estão suprimindo decididamente todas as operações inimigas", informou o Ministério da Defesa armênio por meio do Twitter.
In violation of the humanitarian ceasefire #agreement, the #Azerbaijani armed forces are undertaking assaults in the southern direction, using armored vehicles and missiles. Units of the Defence Army resolutely suppress all enemy operations.
— MoD of Armenia 🇦🇲 (@ArmeniaMODTeam) October 11, 2020
Em negociações realizadas em Moscou na sexta-feira (9), os ministros das Relações Exteriores da Armênia, Azerbaijão e Rússia chegaram a um acordo para um cessar-fogo na linha de contato entre os lados em conflito. No entanto, poucos minutos depois, Baku e Erevan se acusaram de violação de trégua.
25 vítimas civis
Neste domingo (11), o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, elogiou o acordo para o fim das hostilidades na região de Nagorno-Karabakh. A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, por sua vez, conversou por telefone com o primeiro-ministro armênio, Nikol Pashinyan, e pediu diálogo entre Erevan e Baku.
Segundo autoridades da república não reconhecida de Nagorno-Karabakh, o conflito na região deixou 25 civis mortos em duas semanas de combates, incluindo nove mulheres e uma criança. Além disso, 102 pessoas teriam ficado feridas.
Nagorno-Karabakh se encontra mergulhada em um intenso conflito desde o final do mês passado, com ambos os lados acusando o outro de ser o responsável pela nova escalada de violência na região, alvo de disputas desde que a república autônoma, de maioria étnica armênia, decidiu se separar da então República Socialista Soviética do Azerbaijão, em 1991.