A Força Aérea norte-americana testou o novo software a bordo do avião de espionagem U-2, uma das mais antigas e icônicas de seu inventário, revela o portal C4ISRNET.
Para transmitir o código do software do desenvolvedor em terra ao U-2 em pleno voo, foi usado o sistema Kubernetes, que permite aos seus usuários automatizarem e administrarem aplicações de software. A tecnologia foi originalmente criada pelo Google e atualmente é mantida pela Fundação de Computação de Nuvem Nativa.
Para a demonstração, o U-2 empregou o sistema para "rodar avançados algoritmos de aprendizado de máquina" para o primeiro voo certificado por computadores a bordo da aeronave. A operação modificou o software sem negativamente afetar o voo ou sistemas de missão, revelou a Força Aérea norte-americana.
"A combinação bem-sucedida do legado do sistema de computador do U-2 com o moderno software Kubernetes foi um significante março para o desenvolvimento de software de contentorização de sistemas de armas existentes da Força Aérea", declarou Nicolas Chaillan, chefe do Escritório de Softwares da Força Aérea dos Estados Unidos.
Segundo a coronel Heather Fox, comandante da 9ª Esquadrilha de Reconhecimento, a demonstração poderia levar a mais experimentos utilizando o avião espião como veículo de testes para o desenvolvimento rápido de novas atividades de software.
"A integração do Kubernetes no U-2 capitaliza a elevada linha de altitude de visão e o torna ainda mais fatal em um ambiente em disputa", disse Chaillan.
A 9ª Esquadrilha de Reconhecimento é a única a operar os 33 aviões U-2 da Força Aérea dos EUA. Ainda que o primeiro tenha decolado em 1955, militares estão conseguindo preservar a viabilidade destes antigos aviões.