Conforme publicou o jornal Folha de São Paulo, os secretários estaduais consideram que o governo federal ignorou a CoronaVac, vacina desenvolvida pela chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, em São Paulo, que realiza testes de fase três do imunizante no Brasil. Os testes têm previsão de conclusão ainda em outubro.
O governador de São Paulo, João Doria, prometeu anteriormente que as primeiras doses da vacina já começariam a ser aplicadas em dezembro deste ano. Ao jornal Folha de São Paulo, o secretário de Saúde paulista, Jean Gorinchteyn, afirmou que "as vacinas não estão sendo tratadas de forma republicana pelo Ministério da Saúde".
Ainda conforme a publicação, Gorinchteyn disse que todos os presentes na reunião de anúncio do cronograma pelo secretário-executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco, entenderam a situação da mesma forma. Conforme o jornal, os secretários não veem sentido em apresentar um cronograma sem a vacina da Sinovac.
Na segunda-feira (12), Gorinchteyn declarou que caso o Ministério da Saúde não feche acordo para distribuição da vacina, São Paulo o fará com logística própria e que outros estados demonstraram interesse na distribuição do imunizante.
Na apresentação aos secretários, o governo federal previu 100 milhões de doses da vacina de Oxford no primeiro semestre e entre 100 e 165 milhões de doses no segundo. A parceria pela vacina britânica, desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela farmacêutica AstraZeneca, foi anunciada em junho pelo Ministério da Saúde envolvendo o pagamento de US$ 127 milhões (cerca de R$ 710 milhões).