Problema dos detritos espaciais da Terra está piorando e resultados podem ser explosivos

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Antes de os humanos começarem a enviar objetos para a órbita da Terra, essa área espacial era limpa e vazia. Contudo, com o desenvolvimento da tecnologia espacial, tudo mudou. Desde então, o lixo orbitando a Terra continua a acumular-se.

O relatório anual da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) mostra que apesar de os governos terem começado a tomar medidas para mitigar o problema, este ainda está longe de ser resolvido, uma vez que o número de aparelhos já sem qualquer utilidade ultrapassa a quantidade de objetos que de fato estão funcionais em órbita.

Todas as nações com algum tipo de missão espacial contribuem para o acumular de detritos espaciais em volta da Terra. O risco de colisão com vários destes detritos – que por sua vez aumenta com as colisões entre os mesmos – cresce, mas ainda não é visto como a maior preocupação a ter no futuro próximo, segundo o relatório.

O problema do lixo espacial foi pela primeira vez referido em 1960, mas só décadas mais tarde é que foi possível identificar e implementar medidas que pudessem mitigar o problema. Atualmente, os Estados se encontram mais bem preparados para planejar o que deverá ser feito com os satélites e foguetes quando estes terminarem suas missões.

© Foto / Wikipedia Lixo espacial em imagem gerada pela NASA
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Lixo espacial em imagem gerada pela NASA

Existem hipóteses como a construção de foguetes com material reutilizável ou com materiais mais resistentes que consigam aguentar as condições extremas do espaço durante mais tempo, sem se desintegrarem. No entanto, enquanto novas estratégias para o problema em questão ainda estão a ser planejadas, o número de detritos na órbita da Terra continua a aumentar.

De acordo com estatísticas da ESA, existem cerca de 130 milhões de fragmentos espaciais de menos de um milímetro. Com as velocidades atingidas em órbita, estes detritos minúsculos podem causar problemas em satélites funcionais, caso seus caminhos se cruzem.

Tim Florer, diretor do Escritório de Detritos Espaciais da ESA, afirma que "para que possamos continuar a usufruir da ciência e informação que os cosmos nos trazem, é essencial que nos comprometamos com as medidas de mitigação de lixo espacial, tanto no design como nas operações de materiais espaciais [...] é essencial para o uso sustentável do espaço".

O acumular de detritos espaciais pode tornar-se em uma grave ameaça para o ambiente terrestre, pelo que o trabalho conjunto entre países (e cientistas) é mais que necessário, é vital.

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