A polêmica envolvendo redes sociais e as eleições nos EUA está de volta. Os líderes do Comitê Judiciário do Senado anunciaram que a votação para decidir se haverá uma intimação acontece na terça-feira (20).
NEW — U.S. Senator Josh Hawley has formally requested @Twitter CEO Jack Dorsey and @Facebook CEO Mark Zuckerberg to appear before the Senate Judiciary Subcommittee on Crime and Terrorism in a coming hearing titled "Digital Platforms and Election Interference.” pic.twitter.com/VlXBo17bX0
— Senator Hawley Press Office (@SenHawleyPress) October 15, 2020
O senador norte-americano Josh Hawley solicitou formalmente o CEO do Twitter, Jack Dorsey, e o CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, para comparecer perante o Subcomitê Judiciário do Senado sobre Crime e Terrorismo em uma próxima audiência intitulada "Plataformas digitais e interferência eleitoral".
O objetivo do comitê é que o CEO do Twitter, Jack Dorsey, e o CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, testemunhem perante o congresso já na sexta-feira (23).
O caso
Nesta quinta-feira (15), Facebook e Twitter admitiram ter limitado o alcance de uma reportagem postada pelo New York Post contra Joe Biden, candidato dos Democratas à presidência dos EUA.
A publicação, feita na quarta-feira (14), apresenta supostos detalhes de uma negociação entre filho de Biden, Hunter, e uma empresa de energia ucraniana.
Segundo o jornal, há um e-mail que indica que Hunter Biden apresentou o pai, na época vice-presidente dos EUA, a um empresário ucraniano.
O que diz o Facebook
Em comunicado divulgado nesta quinta-feira (15), o Facebook admitiu ter restringido a frequência em que a reportagem aparecia no feed de notícias de seus usuários. A rede social alegou que a checagem do conteúdo ainda está pendente.
"Isso faz parte do nosso processo padrão para reduzir a disseminação de desinformação", disse Andy Stone, porta-voz da empresa.
O que diz o Twitter
O Twitter também divulgou comunicado nesta quinta-feira (15) e confirmou que censurou a reportagem sobre o filho de Biden. De acordo com a empresa, a decisão é baseada em sua política sobre uso de material hackeado.
"As imagens contidas nos artigos incluem informações pessoais e privadas —como endereços de e-mail e números de telefone— que violam nossas regras", afirmou o Twitter.
Projeto das Fake News
No Brasil, circula no Congresso Nacional desde meados de julho o chamado Projeto de Lei das Fake News, cujo objetivo é combater a disseminação de notícias falsas.
No dia 3 de agosto, a Sputnik Brasil ouviu o professor de Direito Constitucional Julio Hidalgo, que comentou o assunto e afirmou apoiar a adoção de medidas contra as chamadas fake news.