"Estudos anteriores sugeriram que poderia ser maior que a órbita de Júpiter. Nossos resultados dizem que Betelgeuse se estende apenas a dois terços disso, com um raio de 750 vezes o raio do Sol", afirmou Laszlo Molnar, do Observatório Konkoly, em Budapeste.
"Assim que obtivermos o tamanho físico da estrela, pudemos determinar a distância da Terra. Nossos resultados mostram que está a apenas 530 anos-luz de nós, aproximadamente 25% mais próxima do que pensávamos", ressaltou.
De acordo com o novo estudo, liderado pela Dr. Meridith Joyce da Universidade Nacional da Austrália, seu fim também não seria tão iminente, a estrela pode passar mais 100.000 anos até explodir como uma supernova.
A líder do estudo publicado na revista The Astrophysical Journal afirmou que a Betelgeuse, que é parte da constelação de Orion, segue se comportando de maneira estranha.
"Normalmente é uma das estrelas mais brilhantes do céu, porém temos observado duas atenuações no brilho de Betelgueuse desde finais de 2019 [...] Isto provocou a especulação de que poderia estar a ponto de explodir. Porém, nosso estudo fornece uma nova explicação", afirmou em um comunicado.
Os especialistas usaram métodos hidrodinâmicos e sísmicos para compreender um pouco mais sobre a física que causa as pulsações e ter uma ideia da fase da vida em que está a Betelgeuse.
A análise realizada pelos especialistas "confirmou que as ondas de pressão, principalmente as ondas sonoras, eram a causa da pulsação da Betelgeuse", afirmou o coautor do estudo Shing-Chi Leung, professor da Universidade de Tóquio.
Apesar de estar mais próxima, a Betelgeuse segue distante da Terra para que uma eventual explosão tenha impacto significativo em nosso planeta.