Por que contrair COVID-19 em aviões é quase impossível? Estudo militar explica

© Sputnik / Sergei Pivovarov / Acessar o banco de imagensPassageiro usando máscara em aeroporto de Madri (foto de arquivo)
Passageiro usando máscara em aeroporto de Madri (foto de arquivo) - Sputnik Brasil
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Novo estudo científico conduzido por militares dos EUA aponta que o risco de se contrair COVID-19 a bordo de aeronaves comerciais é muito baixo, independente do lugar do assento.

De acordo com o portal Military, que teve acesso ao estudo, este concluiu que, devido à sofisticada filtração de partículas no ar, em conjunto com os sistemas de ventilação presentes nas aeronaves, tais partículas têm seu prazo de vida encurtado.

Para chegar a tal conclusão, a Agência de Projetos de Pesquisa de Defesa Avançada (DARPA, na sigla em inglês) dos EUA, em conjunto com o Comando de Transporte dos EUA, o Comando de Mobilidade Aérea e oficiais da Defesa americana, levou em consideração a filtração de partículas no ar e os sistemas de ventilação nas aeronaves Boeing 737-300 e Boeing 777-200.

"Os resultados positivos são atribuíveis à combinação de altos níveis de substituição do ar nas estruturas de ventilação, junto com a grande eficiência dos sistemas de recirculação de ar e o desenho de ventilação de fluxo de ar para baixo, que resulta na rápida diluição e purificação das partículas de aerossol disseminadas", afirmou o vice-almirante Dee L. Mewbourne durante uma videoconferência com jornalistas, publicou o portal Military.com.
© AFP 2023 / ROMEO GACADPassageiros da Bangkok Airways usando máscaras esperam desembarque em Koh Samui, na Tailândia (foto de arquivo)
Por que contrair COVID-19 em aviões é quase impossível? Estudo militar explica - Sputnik Brasil
Passageiros da Bangkok Airways usando máscaras esperam desembarque em Koh Samui, na Tailândia (foto de arquivo)

Voo seguro

Por sua vez, comentando o risco de infecção nas aeronaves estudadas, o tenente-coronel da Marinha Joseph Pope, diretor de operações do Comando de Transporte para o teste, disse:

"Todas as áreas em ambas as aeronaves provaram ser extremamente eficientes na dispersão e filtração das partículas de aerossol."

Nos testes, foram lançados dois tipos de aerossóis com traços de DNA específicos, utilizando material fluorescente para que visualmente fosse possível determinar o trajeto das partículas, estando as aeronaves tanto no solo quanto em voo.

As partículas foram diluídas rapidamente, permanecendo detectáveis por menos de seis minutos em média.

Em comparação, uma típica residência americana leva cerca de 90 minutos para ter seu ar livre de tais partículas.

O risco de contaminação seria tão baixo que passageiros poderiam voar durante muitas horas sem serem infectados, tendo em vista que seriam necessárias "54 horas ao lado de uma pessoa infectada na classe econômica", e outras 100 horas nas outras classes de ambas as aeronaves para um passageiro se expor a uma dose [de partículas virais] de forma a ocorrer a infecção, segundo o estudo.

Usando máscara no avião

Outro fator considerado foi o uso de máscaras dentro dos aviões.

Simulando tosse dentro das aeronaves, a taxa de aerossol saindo de manequins usado máscaras foi 95% menor do que sem elas.

Contudo, os testes não levaram em consideração passageiros caminhando pela cabine, trocando de assentos ou se virando para conversar.

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