O pescador Nitin Patil, do vilarejo litorâneo de Satpati, em Palghar, fisgou do mar um tubarão pequeno de duas cabeças. O indiano fotografou o peixe raro antes de devolvê-lo para a água, de acordo com Hindustan Times.
"Não comemos peixes tão pequenos, especialmente tubarões, por isso pensei que era estranho, mas decidi jogá-lo fora", comentou Patil.
Seus colegas de pesca também ficaram surpreendidos com a descoberta e decidiram compartilhar as imagens com pesquisadores do Conselho Indiano de Pesquisa Agrícola do Instituto Central de Pesquisa de Pesca Marinha (ICAR-CMFRI, na sigla em inglês), de Mumbai.
two-headed #shark (dicephalic) recorded first time from #Maharashtra marine water. fisherman nitin patil from palghar, satpati found dicephalic Spadenose shark.
— Akshay Mandavkar🌿 (@akshay_journo) October 12, 2020
report - https://t.co/pq8zB94HPS@vidyathreya @SharkAdvocates @TheSharkStanley @akhileshkv7 @IUCNShark @anishandheria pic.twitter.com/fCIDXPd802
Tubarão de duas cabeças (bicéfalo) registrado pela primeira vez nas águas de Maharashtra. Pescador Nitin Patil de Palghar, Satpati, procurou tubarão bicéfalo.
Pesquisadores do CMFRI e biólogos marinhos confirmaram ser uma rara documentação, podendo corresponder ao primeiro tubarão de duas cabeças a ser registrado na costa de Maharashtra.
"Nossos registros mostram que tubarões de duas cabeças são raramente registrados na costa indiana", afirmou K.V. Akhilesh, cientista do ICAR-CMFRI.
Segundo biólogos marinhos, trata-se de embrião malformado de tubarão da família Carcharhiniformes, que é comum em águas de Maharashtra.
Dr. Akhilesh afirmou que as cabeças estão unidas depois das brânquias, sendo tais tubarões raros na natureza. Este fenômeno chama-se bicefalia e é relatado em vários animais, incluindo tubarões. Há poucos registros de bicefalia, que é ligada possivelmente a mutação ou malformação embrionária, de acordo com cientista.
Essas espécies têm baixa taxa de sobrevivência, explicou dr. E. Vivekanandan, outro cientista do ICAR-CMFRI.
"É visto regularmente em espécies de serpentes ou gêmeos siameses em humanos. Na maioria dos casos não sobrevivem além da juventude, mas isso definitivamente abre um caminho para mais pesquisas necessárias."