Neste sábado (17), o Ministério das Relações Exteriores armênio informou que Erevan e Baku tinham chegado a um acordo para uma trégua a partir das 00h00 de domingo (18) no horário local [20h00 do dia 17 em Brasília]. A chancelaria azeri confirmou a informação.
"O inimigo voltou a infringir o regime de cessar-fogo humanitário, lançando um ataque de artilharia na direção norte, das 00h04 às 02h45 [das 20h04 às 22h45], e um ataque com foguetes na direção sul, das 02h00 às 02h45 [das 22h00 às 22h45]", afirmou a porta-voz em sua conta do Telegram.
Até o momento as autoridades do Azerbaijão não comentaram sobre a acusação.
A autoproclamada república de Nagorno-Karabakh, por sua vez, elogiou os esforços do Grupo de Minsk, da OSCE (Organização para a Segurança e Cooperação na Europa), e declarou que está disposta a respeitar a trégua.
Acusações mútuas de violação da trégua
Os confrontos armados voltaram a ocorrer na região em 27 de setembro. Nagorno-Karabakh é foco de conflito entre Armênia e Azerbaijão desde que o território, de população majoritariamente armênia, decidiu se separar, em 1988, da então República Socialista Soviética do Azerbaijão.
Em 1º de outubro, Rússia, Estados Unidos e França, que lideram o Grupo de Minsk, pediram o fim imediato das hostilidades na região e o retorno das negociações entre as partes em conflito.
Em 10 de outubro, os ministros das Relações Exteriores da Armênia e Azerbaijão, após mais de dez horas de negociações em Moscou, com mediação do chanceler russo, Sergei Lavrov, chegaram a um acordo para um cessar-fogo e troca prisioneiros e dos corpos dos mortos.
No entanto, neste mesmo dia as partes em conflito se acusaram de violação da trégua.