De acordo com ele, a extensão da estado de calamidade significaria "uma sinalização muito ruim" a investidores sobre o compromisso do país com a responsabilidade fiscal.
"Prorrogar a calamidade, em tese, vai gerar a prorrogação da PEC da Guerra e, automaticamente, prorrogando a PEC da Guerra vai passar uma sinalização muito ruim para aqueles que confiam e precisam da credibilidade da âncora fiscal para continuar investindo ou voltar a investir nesse país", disse o presidente da Câmara.
O decreto sobre o estado de calamidade autoriza o não cumprimento da meta fiscal por parte da União e permite o aumento de despesas de auxílio para combater a crise provocada pela pandemia da COVID-19.
Hoje, conversando com investidores, deixei bem claro que a Câmara não irá, em nenhuma hipótese, prorrogar o estado de calamidade para o ano que vem. Soluções serão encontradas dentro deste orçamento, com a regulamentação do teto de gastos.
— Rodrigo Maia (@RodrigoMaia) October 17, 2020
"A gente já viu que ideias criativas geram desastres econômicos e impactam a vida das famílias brasileiras", acrescentou Maia.
O presidente da Câmara afirmou que não há a possibilidade do auxílio emergencial ser prorrogado.
"A pandemia e a estrutura que foi construída para seu enfrentamento tem data para acabar, que é 31 de dezembro de 2020. Qualquer coisa que mude essa regra vai gerar um impacto muito grande em indicadores econômicos que vão afetar muito mais a vida dos brasileiros do que um, dois ou três meses de renda mínima", disse.
De acordo com Rodrigo Maia, se houver uma prorrogação do auxílio emergencial, em um médio e longo prazo o "governo vai pagar a conta com a sua popularidade".