Além disso, são anuladas todas as proibições anteriormente impostas contra cidadãos e militares iranianos relativas à entrada e ao trânsito nos países-membros da ONU, informa o Ministério do Exterior do Irã.
"A partir de hoje (18), todas as restrições à transferência de armas, atividades conexas e serviços financeiros de e para a República Islâmica do Irã e todas as proibições relativas à entrada ou ao trânsito nos territórios dos países-membros da ONU anteriormente impostas a vários cidadãos e oficiais militares iranianos são automaticamente canceladas", acrescenta o comunicado da chancelaria, escreve agência Tasnim.
Não foi necessária qualquer ação especial por parte de Teerã, uma vez que o embargo seria automaticamente suspenso caso o Conselho de Segurança da ONU não adotasse qualquer prorrogação ou medida adicional.

Teerã disse que isso dá às autoridades liberdade para empreender uma nova política de defesa baseada unicamente em suas próprias decisões.
"Portanto, a partir de hoje, a República Islâmica do Irã pode adquirir quaisquer armas e equipamentos necessários a partir de qualquer fonte, sem quaisquer restrições legais e exclusivamente com base nas suas necessidades defensivas, podendo também exportar armamento defensivo com base nas suas próprias políticas", lê-se no documento.
Em 2015, o Irã assinou o JCPOA com China, França, Alemanha, Rússia, Reino Unido, EUA, Alemanha e União Europeia (UE). O documento estabelecia a redução do programa nuclear iraniano e a diminuição de suas reservas de urânio em troca da retirada das anteriores sanções, incluindo o levantamento do embargo de armas cinco anos após a adoção do acordo.
Em 2018, os Estados Unidos abandonaram sua posição conciliatória sobre o Irã, retirando-se do JCPOA e implementando políticas de linha dura contra Teerã.
No início deste ano, os EUA tentaram organizar uma campanha pelo restabelecimento das sanções internacionais contra Teerã, em particular para o prolongamento do embargo de armas, porém todas as suas propostas de resolução na ONU acabaram sendo rejeitadas.