Em comunicado de seu serviço de imprensa, a Procuradoria-Geral do Azerbaijão afirmou:
"As Forças Armadas da Armênia lançaram foguetes em direção ao distrito de Khyzi, o qual se encontra a mais de 300 km do território onde estão sendo conduzidas as operações militares, mas tais foguetes foram neutralizados por unidades da defesa antiaérea do Exército do Azerbaijão, algumas partes dos foguetes caíram a uma distância de 250 metros do oleoduto estratégico Baku–Novorossiysk, que passa pela vila de Sitalchai do distrito de Khyzi."
A entidade classificou o suposto ataque armênio como uma "tentativa deliberada de destruir uma grande quantidade de infraestruturas, criando condições perigosas para os oleodutos de óleo cru e de condensado de exportação, cuja destruição poderia trazer prejuízo material significativo".
Por sua vez, em publicação no Facebook, a porta-voz do Ministério da Defesa da Armênia, Shushan Stepanyan, negou que seu país tenha realizado tal ataque.
A informação divulgada pela Procuradoria do Azerbaijão de que a Armênia teria colocado oleoduto Baku-Novorossiysk na mira é absolutamente mentirosa, uma mentira que dispensa comentários.
Com comprimento de 1.330 km, o oleoduto se estende desde Sangachal, próximo da capital azeri Baku, até Novorossiysk, na costa russa no mar Negro.
Dos 1.330 km da extensão do oleoduto, 231 km passam pelo território do Azerbaijão.
Conflito em Nagorno-Karabakh
Desde 27 de setembro deste ano, a região de Nagorno-Karabakh, compreendida na região fronteiriça entre a Armênia e o Azerbaijão, tem sido palco de conflito entre ambos os países.
Por sua vez, o Azerbaijão tem lutado por sua soberania sobre o território, ao passo que a Armênia defende a autodeterminação da população local, majoritariamente armênia, sobre o futuro da região.
Combates têm tirado a vida de pessoas de ambos os lados. Apesar dos esforços de se estabelecer um cessar-fogo duradouro, o conflito continua.