Caso o exercício seja realizado, este seria o segundo em 22 anos desde sua instalação na ilha, segundo o portal ieidiseis.gr.
O "urso vermelho" [S-300] patrulha o extremo leste de Creta, em um raio de 280 quilômetros em torno da ilha, nos últimos 22 anos, onde o sistema está pronto para "devorar" qualquer "predador", citou o portal.
O S-300 está se preparando para sua segunda missão no início de novembro no oeste de Creta, onde está localizado um polígono da OTAN.
O primeiro disparo do S-300 grego foi realizado no polígono da OTAN em Caneia no dia 13 de dezembro de 2013, após 14 anos de sua implantação na região.
A preparação para o segundo exercício do S-300 coincide com a escalada nas relações entre Grécia e Turquia devido ao Mediterrâneo Oriental e aos testes de fogo real pela Turquia dos sistemas de defesa antiaérea russos S-400 no mar Negro.
O lançamento de mísseis russos de longo alcance em Creta ocorreu em 1999 com a mediação e o consentimento dos norte-americanos, que haviam sido informados sobre sua transferência. Personalidades oficiais norte-americanas estiveram presentes no primeiro disparo do S-300 em Creta.
"Os sistemas antiaéreos que cobrem Creta consistem principalmente de S-300, bem como de outros sistemas russos de curto alcance (TOR-M1 e OSA). Os mísseis russos colocados em Creta também garantem a segurança da base norte-americana em Suda. Por isso, a diferença entre os S-300 gregos e os S-400 turcos consiste no fato de os mísseis gregos terem o consentimento dos EUA, enquanto os mísseis turcos têm sua desaprovação", ressalta.
Os sistemas russos S-300 foram adquiridos pelo Chipre ainda nos anos 1990, contudo, devido à forte reação turca, foi acordado com Atenas que os sistemas seriam instalados na ilha de Creta, sendo mais tarde entregues à Grécia.
Em 2013, a Grécia testou os S-300 pela primeira vez. O lançamento dos mísseis foi realizado na ilha de Creta como parte dos exercícios Águia Branca, atingindo o alvo a 30 quilômetros de distância e a uma altura de aproximadamente dois quilômetros.