Conforme publicou o portal G1, durante a conferência realizada pelo Milken Institute, Guedes apelou aos investidores internacionais para que mantenham ativos no Brasil e aguardem efeitos das reformas estruturais. "Será um grande erro não investir no Brasil", disse. Segundo ele, o governo pretende continuar com as reformas a partir de 2021.
Guedes também prometeu que o governo não aumentará impostos e que reduzirá juros corporativos, comparando seus planos aos do ex-presidente dos Estados Unidos, Ronald Reagan, e da ex-premiê do Reino Unido, Margaret Thatcher – ambos ícones neoliberais.
O ministro da Economia elogiou o governo do presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, e afirmou que o governo se provou democrático, apesar de "muito barulho" durante a campanha presidencial de 2018. Guedes afirmou que o Brasil está sem corrupção há um ano e meio: "é como se fosse um século!", exclamou.
Apesar dos elogios, o ministro garantiu que trabalha para impedir que Bolsonaro estoure o chamado teto de gastos, que impõe um limite às despesas e investimentos do governo. Após o anúncio, seguido de recuo, na proposta do Renda Cidadã, formulado pelo governo para substituir o Bolsa Família e dar prosseguimento ao auxílio emergencial, cresceu a preocupação, em particular no mercado financeiro, em relação ao teto de gastos.
"Ele quer ser herói, mas nosso papel é segurá-lo abaixo do teto de gastos", afirmou o ministro apontado como fiador econômico da campanha de Bolsonaro.
Guedes também comentou os números recordes de desmatamento e queimadas registrados pelo atual governo, o que vem sendo apontado como um problema na entrada de investimentos estrangeiros no país. Segundo o ministro, o Brasil é "mal interpretado" nessa questão, reforçando que o país tem as "matrizes energéticas mais verdes do mundo" e que "ninguém é mais generoso com a população nativa" do que o Brasil.