Rússia: EUA tentam fomentar separatismo curdo na Síria

© AFP 2023 / Safin HamedCurdos comemorando a celebração de Noruz, o ano novo no calendário persa, em Akra, a 500 km ao norte de Bagdá, Iraque (foto de arquivo)
Curdos comemorando a celebração de Noruz, o ano novo no calendário persa, em Akra, a 500 km ao norte de Bagdá, Iraque (foto de arquivo) - Sputnik Brasil
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Representante oficial do MRE russo acusa curdos de libertarem combatentes do Daesh (organização terrorista proibida na Rússia e em outros países) sob orientação dos EUA na Síria.

Durante briefing realizado nesta quinta-feira (22) em Moscou, a representante oficial da chancelaria russa, Maria Zakharova, comentando a situação no nordeste da Síria, afirmou:

"São evidentes as ininterruptas tentativas de Washington de remover os curdos do Estado sírio multiconfessional, fomentando sentimentos separatistas."

Ainda na ocasião, comentando o cenário no país árabe, Zakharova criticou acusações do Conselho Democrático Sírio (órgão político curdo) de que a Rússia teria arruinado o diálogo entre os curdos e o governo sírio.

"[...] a situação no nordeste da Síria gera preocupação crescente. Em particular, foram registradas declarações provocativas ouvidas desde o vice-presidente do conselho executivo do Conselho Democrático Sírio, de que a Rússia teria arruinado a missão de garantia de negociações do Curdistão sírio com o governo da Síria. Notavelmente, logo após as acusações direcionadas ao nosso país, mais um grande comboio americano com equipamentos militares pesados chegou ao norte da Síria a partir do Iraque", disse Zakharova.

Retomada das atividades terroristas

Ao mesmo tempo, Zakharova ressaltou o fato de que na semana passada 600 terroristas do Daesh foram libertados pela decisão da autoproclamada administração curda do nordeste da Síria.

"É óbvio que os curdos não poderiam fazer isso sem os conselhos dos americanos [...]. São evidentes as consequências perigosas de tal passo de difícil compreensão. Não foi preciso esperá-las por muito tempo", declarou Zakharova.

Como exemplo de tais consequências, a diplomata disse:

"Existe a informação sobre a ativação de radicais islâmicos. Eles penetram nos distritos controlados pelas autoridades legais da Síria e aderem a embates locais com os militares sírios."

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