EUA sancionam embaixador e 5 entidades do Irã por 'interferência' nas eleições de 2020

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EUA acusam entidades iranianas de "semearem a discórdia" nas eleições americanas. Como resultado, quem entrar em transações com essas entidades também será sancionado.

O Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC, na sigla em inglês) do Departamento do Tesouro dos EUA sancionou o embaixador do Irã no Iraque, Iraj Masjedi, e mais cinco entidades iranianas sob acusações de tentar influenciar as eleições presidenciais nos Estados Unidos.

"O regime iraniano tem como alvo o processo eleitoral dos EUA com tentativas flagrantes de semear a discórdia entre a população eleitoral, espalhando desinformação on-line e executando operações de influência maliciosas destinadas a enganar os eleitores americanos", alega o Departamento do Tesouro em seu comunicado oficial de imprensa da última quinta-feira (22). 

As cinco entidades mencionadas no comunicado são o Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC, na sigla em inglês), a Força Quds, o Instituto Bayan Rasaneh Gostar, a União de Rádio e Televisão Islâmica Iraniana (IRTVU, na sigla em inglês) e a União Internacional de Mídia Virtual (IUVM, na sigla em inglês), sendo as duas últimas entidades de mídia que o Tesouro diz serem controladas pela Força Quds.

Washington acrescentou o embaixador iraniano no Iraque, Iraj Masjedi, à sua lista negra de sanções, pois alega que o mesmo trabalha para uma unidade militar de elite, considerada uma célula terrorista pelo governo Trump em abril de 2019. Além disso, os EUA repudiam a influência de Masjedi em Bagdá para promover os supostos objetivos da Força Quds naquele país. Para os EUA, o embaixador e as outras organizações sancionadas "semeiam a discórdia" na corrida eleitoral de 2020.

Como resultado, o Tesouro confiscou os bens de Masjedi e apreendeu todas as propriedades e interesses ligados a qualquer uma das cinco entidades. Além disso, prometeu mais sanções contra qualquer pessoa que se envolver em transações com essas instituições ou com o embaixador.

O Irã rejeitou as acusações. Para Alireza Miryousefi, porta-voz da missão do Irã nas Nações Unidas, as alegações dos EUA são "absurdas".

"O Irã não tem interesse em interferir nas eleições dos EUA e nenhuma preferência pelo resultado. Ao contrário dos EUA, o Irã não interfere nas eleições de outros países. O mundo testemunhou tentativas desesperadas do público americano de questionar o resultado de suas próprias eleições no mais alto nível", disse Miryousefi ao portal ABC News. 

O secretário do Tesouro, Steve Mnuchin, também acusou Teerã de uma "agenda estrangeira desestabilizadora" em uma nota de impressa no site do Departamento do Tesouro.

Ele afirma que Irã usa "narrativas falsas e outros conteúdos enganosos para tentar influenciar as eleições nos EUA" e prometeu que Washington "continuará se opondo aos esforços de qualquer ator estrangeiro que ameace" os processos eleitorais nos Estados Unidos.

"Os Estados Unidos continuarão usando as ferramentas e as autoridades à sua disposição para atacar o regime iraniano e os oficiais da Força Quds do IRGC que buscam se intrometer nos assuntos de nações soberanas, incluindo qualquer tentativa de influenciar as eleições dos EUA", resumiu Mnuchin.

Teerã rejeitou as acusações, apresentando uma queixa formal na quinta-feira (22) ao embaixador suíço no Irã, que atuou como mediador da diplomacia EUA-Irã, para protestar contra as acusações que considerou "infundadas".

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