Em entrevista à Sputnik Árabe, especialistas esclareceram que projetos são englobados e o que os países-membros buscam alcançar.
As partes garantem que o fundo favorecerá o comércio local, promovendo simultaneamente projetos no domínio de segurança energética e ajudando a proporcionar maior acesso à energia elétrica.
Por sua vez, o ministro de Estado dos Emirados Árabes Unidos, Ahmed Ali Al Sayegh, e o diretor-geral interino do gabinete do primeiro-ministro de Israel, Ronen Peretz, realçaram a necessidade do fundo para o desenvolvimento econômico e tecnológico da região que alargaria também a cooperação no domínio de tecnologias avançadas.
De acordo com o analista econômico dos EAU Nail al-Jawabrah, esse fundo ajudará a acumular não só desenvolvimentos, mas também investimentos no ramo de alta tecnologia.
"Estou convencido de que o fundo de investimento proverá um maior retorno para cada um dos Estados cofundadores. O objetivo principal é reunir projetos, desenvolvimentos, intercâmbio de experiências e investimentos no ramo da produção de alta tecnologia. Deve-se entender que a criação de um fundo entre três Estados altamente desenvolvidos neste domínio é uma cooperação muito benéfica para todos", ponderou.
Entre outras vantagens do fundo, al-Jawabrah destacou a luta contra o desemprego na região. Os novos projetos criariam novas oportunidades de trabalho.
"Isto significa que muitos dos que perderam emprego devido à pandemia de coronavírus poderão reconstruir suas carreiras."
Por outro lado, Boris Dolgov, um dos principais pesquisadores do Centro de Estudos Árabes e Islâmicos do Instituto de Estudos Orientais da Academia de Ciências da Rússia, acredita que as razões da criação deste fundo são mais políticas do que econômicas.
"É preciso levar em consideração a política regional dos EUA e Israel. Se analisarmos o porquê [da criação], em uma escala mais amplificada, pode-se dizer que o objetivo é incentivar os países árabes a cooperarem mais estreitamente com Israel", explicou o pesquisador.
Em 15 de setembro, líderes de Israel, Bahrein e Emirados Árabes Unidos assinaram em Washington um histórico acordo de paz mediado pelos EUA.