De acordo com as agências Reuters e AP, duas pessoas revelaram hoje (24), sob condição de anonimato para não interferir nos planos de López, que o opositor estaria se dirigindo para a Colômbia.
A AFP, por sua vez, citando o pai do de Leopoldo López, noticiou que o destino final do ex-prefeito do município de Chacao e líder do partido Vontade Popular seria a Espanha.
"Posso confirmar que ele deixou a embaixada por vontade própria e saiu da Venezuela em segredo", disse neste sábado (24) o pai do opositor, que também se chama Leopoldo López e vive na Espanha.
O líder opositor estava asilado na residência do embaixador espanhol desde o fracasso de uma insurreição militar liderada por ele em abril de 2019.
López foi detido em 2014, após liderar uma onda de protestos contra o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, e condenado a 14 anos de prisão, no ano seguinte, por incitação à violência. Em 2017, o ex-prefeito de Chacao, uma das cidades mais ricas da Venezuela e que faz parte da Região Metropolitana de Caracas, deixou a penitenciária e passou a cumprir pena em prisão domiciliar.
Mike Pompeo e Elliott Abrams, que é representante especial dos EUA para a Venezuela e o Irã, só souberam da viagem de Grenell depois de ela ter sido concluídahttps://t.co/6O4Bc0RjuO
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) October 22, 2020
López foi um dos mentores do líder opositor Juan Guaidó, que se autoproclamou presidente encarregado em janeiro de 2019 e começou uma campanha para tentar derrubar Maduro.
Em abril daquele mesmo ano, Leopoldo López foi visto nas ruas, ao lado de Guiadó, durante a insurreição militar que acabou frustrada pelo governo venezuelano. Logo depois, o ex-prefeito de Chacao buscou abrigo na residência diplomática do Chile e, em seguida, transferiu-se para a casa do embaixador espanhol.