Na quinta-feira (22), incomodado com nota na coluna de Bela Megale, do jornal O Globo, sobre disputa entre alas ideológica e militar do governo, Salles o chamou de "Maria Fofoca". O ministro atribuiu a Ramos, responsável pela articulação política do governo, a origem da notícia
Neste domingo (25), Salles disse que tinha apresentado suas "desculpas pelo excesso" e colocado um ponto final na questão. "Estamos juntos no governo", acrescentou ele.
Conversei com o Min @MinLuizRamos , apresentei minhas desculpas pelo excesso e colocamos um ponto final nisso. Estamos juntos no governo, pelo Pres. Bolsonaro e pelo Brasil. Bom domingo a todos.
— Ricardo Salles MMA (@rsallesmma) October 25, 2020
O presidente Jair Bolsonaro e Ramos, acompanhados pelo ministro da Casa Civil, Braga Netto, passearam neste domingo (25) de moto. Durante o encontro com o chefe de Estado, o ministro-chefe da Secretaria de Governo afirmou, segundo o jornal O Globo: "Quando um um não quer, dois não brigam".
A declaração de Salles contra o colega causou crise em Brasília e rebuliço nas redes sociais. A militância e parlamentares bolsonaristas apoiaram o ministro e acusaram os militares de sabotarem o governo. Por outro lado, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, disse que além de destruir o meio ambiente, Salles destruía o governo.
O ministro Ricardo Salles, não satisfeito em destruir o meio ambiente do Brasil, agora resolveu destruir o próprio governo.
— Rodrigo Maia (@RodrigoMaia) October 24, 2020
Na quinta-feira (22), o Ibama, subordinado ao ministério de Meio Ambiente, paralisou atividades de brigadistas que combatem incêndio florestais alegando falta de recursos.
Na sexta-feira (23), o Ministério da Economia anunciou que remanejaria R$ 30 milhões para o Ibama e R$ 30 milhões para o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Com isso, o Ibama determinou o retorno dos trabalhos de combate ao fogo.