Em encontro promovido pelo governador do Ceará, Camilo Santana (PT), Ciro Gomes e Lula teriam conversado durante uma tarde inteira sobre a atual situação do país diante da pandemia da COVID-19 e o governo de Jair Bolsonaro. As eleições presidenciais de 2022, no entanto, não foram abordadas durante a reunião.
De acordo com informações publicadas pelo jornal O Globo, Ciro Gomes também "falou de suas mágoas com o PT, enquanto Lula lembrou os ataques do ex-ministro ao partido".
Após a divulgação da notícia sobre o encontro nesta quinta-feira (29), Ciro Gomes postou no Twitter, sem citar nomes, que se sentia "obrigado" a construir "o diálogo possível com quem for necessário".
Ao redor desses valores, considero-me mais que autorizado, sinto-me obrigado a construir, no que estiver ao meu alcance, o diálogo possível com quem for necessário para proteger a nação brasileira. +
— Ciro Gomes (@cirogomes) October 29, 2020
A reaproximação já havia sido defendida em manifestações públicas por nomes influentes do PT, como o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, e o governador do Ceará, Camilo Santana, que falaram positivamente sobre uma união entre Ciro e Lula em prol de um projeto nacional.
A relação entre os dois políticos também ficou em voga nesta semana após o publicitário João Santana (responsável pelas campanhas presidenciais petistas de 2006, 2010 e 2014) ter dito em entrevista ao programa Roda Viva que uma chapa liderada por Ciro Gomes, tendo Lula como vice, teria maior chance de vencer as eleições presidenciais.
Veja a fala do ex-marqueteiro do PT, João Santana, no #RodaViva. pic.twitter.com/O1tyvIkHHc
— Roda Viva (@rodaviva) October 27, 2020
A relação entre os políticos estava estremecida desde as eleições de 2018. Na ocasião, o PT rejeitou a ideia de montar uma chapa liderada por Ciro Gomes. Já no segundo turno, Ciro Gomes não apoiou o candidato petista Fernando Haddad contra Jair Bolsonaro, viajando para a Europa logo após o resultado do primeiro turno do pleito.