A aquisição das doses será feita entre dezembro e a primeira quinzena de janeiro, segundo o mandatário.
"Eles estariam em condições de nos dar dez milhões de cada uma das duas doses [que a vacina contra a COVID-19 exige]. Podemos ter elas em dezembro aqui e, nos primeiros dias de janeiro, poderíamos ter, segundo me disseram, mais 15 milhões de doses", disse Fernández.
Segundo o chefe de Estado, a vacinação já poderia começar em dezembro. O presidente afirmou ainda que a vice-ministra de Saúde, Carla Vizzotti, chegou a viajar para Moscou para acertar a aquisição da vacina, produzida pelo Centro Nacional de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya.
"Ao contrário dos outros fabricantes de vacinas, não tínhamos um interlocutor na Argentina com quem pudéssemos falar. Então combinei pessoalmente uma viagem para a Rússia da vice-ministra da Saúde, Carla Vizzotti, e de Cecilia Nicolini, que é minha assessora presidencial", explicou Fernández.
"A vacina Sputink V para Argentina será produzida pela RDIF e seus parceiros na Índia, Coréia, China e uma série de outros países que estão iniciando a produção da vacina russa", disse o diretor-geral do RFPI, Kirill Dmitriev.
'Com certeza', diz presidente sobre tomar vacina
O acordo com a Rússia foi fechado após a viagem das autoridades, que ocorreu entre os dias 17 e 26 de outubro.
Além disso, o presidente argentino disse que "com certeza" se vacinará com a Sputnik V. Ao mesmo tempo, ele ressaltou que não usará o imunizante até ele estar disponível para a população.
"Tenho duas amostras que me mandaram da Rússia no começo das conversas [para o acordo de compra], mas não me parece justo que eu me vacine e outros argentinos não possam se vacinar e, além disso, sei a responsabilidade que tenho", afirmou Fernández.
Proteger mais vulneráveis
O presidente disse também que o acesso à Sputnik V será essencial para proteger os setores mais vulneráveis da população. De acordo com ele, "metade da população estaria vacinada" com o imunizante vindo da Rússia.
"Isso é muito importante para nós, porque nos permitiria vacinar os setores que estão em risco na Argentina", comentou.