O presidente francês, Emmanuel Macron, insistiu que a Europa não se entregará ao terror após um ataque mortal na capital austríaca, expressando apoio a um "país amigo" e ameaçando retaliação contra seus "inimigos" comuns.
Nous, Français, partageons le choc et la peine du peuple autrichien frappé ce soir par un attentat au cœur de sa capitale, Vienne. Après la France, c’est un pays ami qui est attaqué. C’est notre Europe. Nos ennemis doivent savoir à qui ils ont affaire. Nous ne céderons rien.
— Emmanuel Macron (@EmmanuelMacron) November 2, 2020
Nós, franceses, compartilhamos o choque e tristeza do povo austríaco atingido nesta noite por um ataque no coração de sua capital, Viena. Depois da França, é um país amigo que é atacado. Esta é a nossa Europa. Nossos inimigos devem saber com quem estão lidando. Não vamos desistir.
Este comentário segue-se após troca de disparos entre criminosos armados e a polícia no centro de Viena na noite de segunda-feira (2), após um incidente perto da maior sinagoga da cidade. Embora os motivos dos agressores permaneçam desconhecidos, a polícia confirmou que "vários suspeitos armados com espingardas" dispararam em seis locais diferentes, matando quatro civis. De igual modo, um dos atiradores também foi baleado e morto pela polícia.
L’Europe est en deuil. L’un des nôtres a été durement frappé par le terrorisme islamiste. Nous pensons aux victimes, à leurs familles, aux vies brisées. La France se tient aux côtés de l’Autriche, prête à apporter son soutien.
— Emmanuel Macron (@EmmanuelMacron) November 3, 2020
A Europa está de luto. Um dos nossos foi duramente atingido pelo terrorismo islâmico. Pensamos nas vítimas, em suas famílias, nas vidas destruídas. A França está do lado da Áustria, pronta para dar seu apoio.
A França tem vivenciado uma série de ataques terroristas chocantes nas últimas semanas, incluindo os esfaqueamentos em uma basílica católica em Nice na última quinta-feira (29), depois da horrível decapitação de um professor em um subúrbio de Paris em outubro.
Ambos os feitos foram rotulados de "ataques terroristas islâmicos" pelas autoridades francesas, que responderam à violência aumentando a segurança em torno de escolas e locais de culto em todo o país, incluindo o envio de milhares de soldados para as ruas francesas.
Atos 'covardes de violência e ódio'
O Ministro do Interior austríaco, Karl Nehammer, já considerou o evento como ataque terrorista.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, juntou-se a Macron na condenação do ataque "brutal", dizendo que a " Europa está do lado da Áustria em total solidariedade".
I am shocked and saddened by the brutal attack that took place in Vienna. My thoughts are with the families of the victims and the Austrian people.
— Ursula von der Leyen (@vonderleyen) November 2, 2020
Europe stands in full solidarity with Austria. We are stronger than hatred and terror.
Estou chocada e triste com o ataque brutal ocorrido em Viena. Meus pensamentos dirigem-se às famílias das vítimas e ao povo austríaco. A Europa é totalmente solidária com a Áustria. Somos mais fortes do que o ódio e o terror.
Já o alto representante da UE para as relações exteriores, Josep Fontelles, apelidou os disparos de "covardes [atos] de violência e ódio".
I am shocked and moved by the terrible news about tonight’s attacks in Vienna.
— Josep Borrell Fontelles (@JosepBorrellF) November 2, 2020
A cowardly act of violence and hate.
My thoughts go to the victims and their families and the citizens of #Vienna. We stand by your side.
Estou chocado e comovido com as notícias terríveis sobre os ataques desta noite em Viena. Um ato covarde de violência e ódio. Meus pensametos vão para as vítimas, suas famílias e os cidadãos de #Vienna. Estamos do seu lado.
Nesta terça-feira (3), a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, declarou que o povo alemão apoia seus "amigos austríacos em simpatia e solidariedade". Do mesmo modo, Merkel expressou suas condolências às famílias das vítimas.
"O terrorismo islâmico é nosso inimigo comum. A luta contra esses assassinos e seus instigadores é nossa luta comum", afirmou.
Palavras de apoio também chegaram do Leste Europeu, em um telegrama enviado pelo presidente russo, Vladimir Putin, ao presidente austríaco, Alexander Van der Bellen, nesta terça-feira (3). Putin condenou "veementemente o crime cínico e cruel que, mais uma vez, confirmou a natureza desumana do terrorismo".
O presidente russo confirmou, de imediato, a prontidão da Rússia em intensificar a cooperação com a Áustria, e outros membros da comunidade global, na luta contra todas as formas e manifestações de terrorismo.
Naturalmente, os acontecimentos em questão não passaram despercebidos do outro lado do oceano Atlântico, pois o presidente dos EUA, Donald Trump, também deu seu parecer.
Em publicação no Twitter, o presidente Trump expressou solidariedade e suporte da nação americana à Europa.
Our prayers are with the people of Vienna after yet another vile act of terrorism in Europe. These evil attacks against innocent people must stop. The U.S. stands with Austria, France, and all of Europe in the fight against terrorists, including radical Islamic terrorists.
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) November 3, 2020
Nossas orações estão com o povo de Viena, após mais um horrível ato de terrorismo na Europa. Estes ataques malignos contra pessoas inocentes devem parar. Os EUA estão do lado da Áustria, França e de toda a Europa, na luta contra terroristas, incluindo terroristas islâmicos radicais.
Em meio a uma pandemia global, a Europa volta a ter de centrar sua atenção na segurança nacional contra ameaças de uma natureza ainda mais complexa e obscura do que a do coronavírus mortal.