Novas mutações do coronavírus aumentam sua capacidade de adaptação, diz pesquisa

© AP Photo / Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas dos EUAImagem de microscópio eletrônico disponibilizada e colorida pelo Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas norte-americano em Fort Detrick, estado de Maryland, EUA, mostra partículas do novo coronavírus SARS-CoV-2 em laranja, isoladas de um paciente
Imagem de microscópio eletrônico disponibilizada e colorida pelo Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas norte-americano em Fort Detrick, estado de Maryland, EUA, mostra partículas do novo coronavírus SARS-CoV-2 em laranja, isoladas de um paciente - Sputnik Brasil
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Cientistas norte-americanos encontraram novas mutações do SARS-CoV-2, uma das quais pode fazer que ele seja mais contagioso. Estas foram descritas em uma pesquisa publicada na revista mBIO.

Durante a primeira onda de pandemia em Houston, a mutação denominada D614G, que atinge a proteína S, foi registrada em 71% dos pacientes com COVID-19. Mas na segunda onda a prevalência desta versão cresceu até 99,9%, o que, segundo especialistas, atinge os infectados em todo o mundo.

Pesquisadores da Universidade do Texas investigaram diversas variações genéticas da proteína S do vírus para determinarem sua estabilidade. Segundo o estudo publicado na revista mBIO, eles descobriram que D614G não influencia a patogenicidade do vírus, mas registaram indícios de seleção natural, o que aponta a uma maior adaptação do vírus. Devido a isso, os cientistas chegaram à conclusão que D614G provavelmente aumenta a capacidade de transmissão do SARS-CoV-2.

© AP Photo / NIAID-RMLImagem do SARS-CoV-2 dado por um microscópio eletrônico
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Imagem do SARS-CoV-2 dado por um microscópio eletrônico

Os experimentos em laboratório também mostraram que pelo menos uma das novas mutações permite ao vírus evitar os anticorpos neutralizantes produzidos naturalmente pelas pessoas para combater as infecções por SARS-CoV-2. Segundo especialistas, esta característica pode ajudar o vírus a enganar o sistema imunitário.

No total, durante a pesquisa foram encontradas 285 mutações. No entanto, a maioria delas não influencia a gravidade da doença e não demostra capacidade de evitar as vacinas de primeira geração e medicamentos terapêuticos com anticorpos.

Os primeiros relatos de infecção pelo novo coronavírus surgiram em dezembro de 2019 na China. Depois, o vírus chegou à Europa e logo em seguida ao Brasil. Segundo os dados da Universidade Johns Hopkins, EUA, até 3 de novembro foram registrados 160.253 óbitos e 5.554.206 casos confirmados no Brasil. No total, em todo o mundo, a pandemia já vitimou 1.207.975 pessoas. EUA, Índia, Brasil, Rússia e França estão atualmente entre os países com mais infectados.

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