A declaração foi dada por Mourão ao chegar ao gabinete da vice-presidência em Brasília.
"O relacionamento do Brasil com os EUA é de Estado para Estado, independentemente do governo que estiver lá. Óbvio que cada governo tem as suas prioridades, suas características, mas no conjunto da obra vamos continuar com as mesmas ligações", disse o vice-presidente.
Mourão disse que o apoio a Trump é um posicionamento pessoal de Bolsonaro.
"Ah, isso é bobagem, opinião pessoal dele [Bolsonaro]. Se bem que quando o presidente fala, ele fala por todos, pelo governo", afirmou, citado pelo jornal Folha de S.Paulo.
O vice-presidente pensa que o governo brasileiro deve se manter neutro caso a eleição dos Estados Unidos vire uma disputa judicial.
"Neutra, neutra, lógico. Não temos nada a ver com as questões internas americanas", declarou.
Apesar da neutralidade, Mourão reconheceu que, caso seja eleito, Joe Biden pode ter uma "ação mais incisiva" sobre os indicies de desmatamento no Brasil.
"Mas vamos lembrar que os EUA estão entre os países que mais emitem gás carbônico no mundo. Então primeiro tem que resolver os problemas deles para depois vir para os nossos", completou o vice-presidente.
Mourão lidera o Conselho da Amazônia, fórum responsável por coordenar ações de combate ao desmatamento e queimadas na região amazônica.