Os testes realizados com a CoronaVac demonstraram resultados positivos até o momento. A vacina chinesa contra o coronavírus se tornou alvo de polêmica após o presidente Jair Bolsonaro, que apoia Russomanno, suspender protocolo para aquisição de 46 milhões de doses do imunizante.
A decisão do presidente veio após o Ministério da Saúde ter confirmado acordo para a compra da vacina.
"Todos aqui querem uma vacina. Mas se essa vacina é tão boa assim, começa na China, aplicando nas pessoas. Deu certo lá, a gente traz para o Brasil", afirmou Russomanno em evento da Associação Paulista de Imprensa, segundo publicado pelo jornal O Globo.
'Cobaia de nada'
Russomanno disse ainda que não era "negacionista" e não desejava que a população de São Paulo fosse "cobaia de nada". Quando rechaçou a compra da CoronaVac, Bolsonaro afirmou que os brasileiros não podiam ser "cobaias".
"Eu não sou negacionista não, pelo contrário. Quero a vacina o mais rápido possível, agora não quero que a população de São Paulo seja cobaia de nada", disse Russomanno.
Russomano afirmou ainda que o imunizante fabricado pelo laboratório chinês SinoVac tinha que ser testado primeiro em doentes, crianças e idosos. Segundo a ciência, os testes devem começar primeiro com pessoas adultas saudáveis, para depois, caso haja eficácia, passar para idosos.
"A vacina está sendo testada em adultos sãos, nenhum com COVID-19. Não estão sendo testadas crianças, não está sendo testada nos idosos e não está sendo testada nos doentes. São as etapas por onde uma vacina deve passar. Isso não está acontecendo. Os efeitos colaterais imediatos a gente pode prever, mas os a longo, não. Toda vacina tem que passar por esse processo", opinou.