O que torna caça russo Su-35 superior ao americano F-22? Mídia norte-americana explica

© Sputnik / Anton Balashov / Acessar o banco de imagensUm caça russo Su-35S do grupo de acrobacia aérea Sokoly Rossii em um aeródromo perto de Vladivostok, no Extremo Oriente russo
Um caça russo Su-35S do grupo de acrobacia aérea Sokoly Rossii em um aeródromo perto de Vladivostok, no Extremo Oriente russo - Sputnik Brasil
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Mais de uma década após o seu lançamento, o Su-35 continua sendo o melhor caça da Rússia, rivalizando com muitos de seus homólogos ocidentais de quarta geração.

Inicialmente concebido como uma solução provisória para preencher as necessidades de superioridade aérea da Rússia até à entrada em serviço do Su-57 de quinta geração, o Su-35 provou ser um caça altamente formidável por si só. A diferença de desempenho inicial entre o próximo Su-57 e o atual Su-35 deve ser relativamente pequena, especialmente até que o primeiro comece a ser fornecido com seus novos motores Izdeliye-30, segundo o The National Interest.

Origens do caça Su-35

Assim como muitos dos principais projetos militares que sobreviveram à caótica transição da União Soviética para a Federação da Rússia, o Su-35 tem uma longa e complexa história de desenvolvimento.

Na década de 1980, a indústria aeronáutica soviética começou a projetar um Su-27 atualizado com novos aviônicos, motores e melhorias aerodinâmicas. Este novo caça entrou em produção em 1988 como "Su-27M", mas foi renomeado como "Su-35" mais tarde. O projeto foi paralisado por falta de financiamento após o colapso soviético, sendo sua produção interrompida em 1995, com apenas três modelos de série produzidos.

© 6ª Frota dos EUADois caças russos Su-35 interceptam uma aeronave de reconhecimento P-8A Poseidon da 6ª Frota dos EUA sobre o mar Mediterrâneo em 26 de maio de 2020
O que torna caça russo Su-35 superior ao americano F-22? Mídia norte-americana explica - Sputnik Brasil
Dois caças russos Su-35 interceptam uma aeronave de reconhecimento P-8A Poseidon da 6ª Frota dos EUA sobre o mar Mediterrâneo em 26 de maio de 2020

O Su-35 que a Força Aérea da Rússia opera hoje é, na verdade, chamado Su-35S, tecnicamente um caça diferente, resultado do esforço de modernização no início dos anos 2000, com o objetivo de estreitar a lacuna técnica emergente entre aeronaves soviéticas envelhecidas e caças ocidentais de quarta geração.

Capacidades e conquistas no campo de combate

O novo Su-35 entrou em produção em série em 2007, após ter sido enviado com uma grande revisão da aviônica, incluindo um sistema de controles de voo por comando eletrônicos (fly-by-wire), o radar de matriz de fase IRBIS-E e um sistema de busca e rastreamento infravermelho (IRST, na sigla em inglês).

Desde então, tem vindo a exibir uma série de características de design marcantes. Por exemplo, os seus motores Saturn AL-41F1S suportam supercruzamento, ou seja, a capacidade de sustentar o voo supersônico sem o uso de pós-combustores. De igual modo, o Su-35 também possui um conjunto de contramedidas eletrônicas ofensivas (ECM, na sigla em inglês), podendo bloquear o AIM-120 AMRAAM do F-16 e mísseis aéreos semelhantes.

Porém, onde o Su-35 realmente se destaca é quando posto diante competidores como o F-22 Raptor, onde as suas capacidades de carga e versatilidade, ostentando um amplo conjunto de armas espalhados por 12 hardpoints colossais, que não passam despercebidos.

© Sputnik / Anton Balashov / Acessar o banco de imagensCaças russos Su-35S participam das celebrações em homenagem aos 100 anos da criação do regimento de aviação de combate da Força Aérea russa e da Defesa Aérea do Distrito Militar Oriental
O que torna caça russo Su-35 superior ao americano F-22? Mídia norte-americana explica - Sputnik Brasil
Caças russos Su-35S participam das celebrações em homenagem aos 100 anos da criação do regimento de aviação de combate da Força Aérea russa e da Defesa Aérea do Distrito Militar Oriental
O que separa, na verdade, o Su-35 de muitos caças de superioridade aérea posicionados de forma semelhante, é o fato do primeiro poder cumprir competentemente funções de ataque em solo caso seja necessário, apoiando um vasto catálogo de bombas guiadas por satélite, laser e TV, além de alguns dos mais recentes mísseis ar-terra e antinavio.

Durante a intervenção russa na guerra civil da Síria, por exemplo, o caça em questão não só desempenhou amplamente um papel de dissuasão aérea, como também bombardeou posições de militantes em várias ocasiões durante todo o conflito.

Considerando seu desempenho consistentemente impressionante, custo-benefício e versatilidade de funções, é improvável que Moscou tente eliminar por completo o Su-35, mesmo com dezenas de Su-57 produzidos em série sendo projetados para entrar em serviço nas próximas décadas.

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