Nesta terça-feira (10), o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, afirmou, durante coletiva de imprensa em Pequim, que a empresa Beijing Kexing Biological já respondeu sobre o assunto.
O Instituto Butantan, parceiro da Kexing, concluiu que o incidente não está ligado à vacina. A parte chinesa ligada ao desenvolvimento da vacina CoronaVac, em parceria com instituto brasileiro, anunciou que continuará mantendo consultas com Butantan sobre a questão.
"Queremos ressaltar que a empresa Sinovac Biotech já se manifestou. Em conformidade com a conclusão do instituto de pesquisa do parceiro brasileiro, o incidente não está ligado à vacina", declarou o porta-voz.
O porta-voz enfatizou que a Sinovac segue em contato com seu parceiro brasileiro sobre o assunto.
Na segunda-feira (9), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu temporariamente o ensaio clínico da CoronaVac, testada pelo Instituto Butantan, de São Paulo, em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac, após ter sido noticiada sobre a ocorrência de um "evento adverso grave".
A CoronaVac estava na terceira e última fase de testes. Com a interrupção, ela se torna agora a terceira vacina contra COVID-19 que teve seus ensaios clínicos suspensos por efeitos adversos graves.
O imunizante contra o novo coronavírus desenvolvido pela Universidade de Oxford teve seus testes interrompidos após uma voluntária apresentar sintomas de uma doença neurológica. Já a vacina da Johnson & Johnson também interrompeu os testes depois de uma "doença inexplicável" ter acometido um dos participantes.