Xi Jinping apela a Rússia e parceiros asiáticos para se oporem à interferência de 'forças externas'

© AP Photo / Agência de Notícias Xinhua / Li XuerenPresidente da China, Xi Jinping
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Em discurso no fórum da Organização de Cooperação de Xangai (OCX), o presidente da China, Xi Jinping, convidou parceiros asiáticos e Rússia a se oporem à interferência de "forças externas", em possível referência aos EUA.

Em seus primeiros comentários desde as eleições norte-americanas, o líder chinês não mencionou diretamente os EUA, nem citou como funcionários da administração Trump aumentam pressão sobre Pequim.

"O mundo está entrando em um período de turbulência e transformação. Atualmente, a comunidade internacional enfrenta um grande teste de escolhas a serem feitas entre o multilateralismo ou unilateralismo, caráter aberto e isolamento, cooperação e confronto", disse Xi Jinping em declaração aos líderes dos países da OCX durante cúpula virtual na terça-feira (10).

Durante o governo de Donald Trump, as tensões entre Pequim e Washington aumentaram bastante e, no seu discurso, o presidente chinês usou várias palavras utilizadas na política externa do país asiático para atacar Washington, escreve South China Morning Post.

Xi Jinping apelou aos países-membros da Organização de Cooperação de Xangai para "se oporem firmemente à interferência de forças externas nos assuntos internos" de outros membros.

Ele também alertou contra o aumento de "unilateralismo" no mundo, palavra usada frequentemente por Pequim para criticar Washington por ter saído do Acordo de Paris sobre o Clima e do acordo nuclear com o Irã.

Mesmo depois de os principais meios de comunicação terem entregado a vitória nas eleições ao democrata Joe Biden, o secretário de Estado, Mike Pompeo, e outros funcionários da administração Trump intensificaram a pressão sobre a China.

Na terça-feira (10), Pompeo disse que a administração Trump "ainda não terminou" com a China, afirmando em comentários separados que haverá uma "transição suave para a segunda administração Trump".

Nos últimos dias, Trump afirmou repetidas vezes que as eleições nacionais sofreram fraudes, e que votos ilegais foram contabilizados a favor de Joe Biden.

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