Classe artística de Portugal se mobiliza e marca protesto contra abandono da cultura

© AP Photo / Armando FrancaRestaurante em uma rua em Lisboa, em meio às medidas de distanciamento social introduzidas no país por causa da pandemia da COVID-19, 4 de novembro de 2020
Restaurante em uma rua em Lisboa, em meio às medidas de distanciamento social introduzidas no país por causa da pandemia da COVID-19, 4 de novembro de 2020 - Sputnik Brasil
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Fechamento das casas de espetáculos e abando da cultura e dos artistas são alguns dos problemas que o mundo passou a enfrentar após a chegada da pandemia de COVID-19.

A Associação de Promotores de Espetáculos, Festivais e Eventos (APEFE) de Portugal marcou um ato, chamado de "Manifestação pela Cultura", para o próximo dia 21 de novembro, em Lisboa.

As informações foram publicadas pelo jornal Correio da Manhã.

Segundo informações da imprensa portuguesa, a manifestação vai acontecer em acordo com "as regras impostas pelo ministério da Saúde", e com a capacidade do recinto limitada a duas mil pessoas.

A reivindicação dos artistas acontece em meio ao fechamento de diversas casas de espetáculo em função da COVID-19. A APEFE argumenta que os espetáculos, que seguem normas rígidas de higiene e segurança, estão impedidos de acontecer, enquanto supermercados continuam abertos.

© AP Photo / Armando FrancaMulher com máscara para se proteger do coronavírus em Lisboa, Portugal
Classe artística de Portugal se mobiliza e marca protesto contra abandono da cultura - Sputnik Brasil
Mulher com máscara para se proteger do coronavírus em Lisboa, Portugal
A APEFE define este momento como "uma grande macha no setor".

"Nós não compreendemos. Afinal, se as regras são cumpridas exemplarmente nas salas, e se as salas são seguras - e são mais seguras do que ir ao supermercado -, como é que os supermercados podem estar abertos e as salas de espetáculos não?", questionou a entidade.

A imprensa de Portugal sustenta que a cultura local já vive uma tragédia em 2020. De acordo com a Associação de Profissionais das Artes Cénicas (Plateia) é "incompreensível que o anúncio das medidas restritivas não foi acompanhado por um anúncio de medidas de apoio aos trabalhadores e às atividades mais afetadas".

"A Plateia vê com preocupação as terríveis consequências destas medidas para milhares de trabalhadores, centenas de estruturas artísticas e culturais em todo o país, e para a participação cultural e acesso à cultura de toda a população", concluiu.
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