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Novo sistema instantâneo de pagamentos começa com 30 milhões de cadastrados

© Folhapress / Eduardo Valente/iShootComeça a valer no dia 16/11/2020 o novo sistema de pagamentos do Banco Central do Brasil o PIX. O sistema promete que a população efetue transferências e pagamentos bancários com compensação de 10 segundos que funcionará em dias de semana, finais de semana e feriados.
Começa a valer no dia 16/11/2020 o novo sistema de pagamentos do Banco Central do Brasil o PIX. O sistema promete que a população efetue transferências e pagamentos bancários com compensação de 10 segundos que funcionará em dias de semana, finais de semana e feriados. - Sputnik Brasil
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PIX quer melhorar a digitalização de transações financeiras no país e está disponível em cerca de 730 bancos, corretoras e outras instituições financeiras.

A nova tecnologia que pretende aumentar a digitalização de operações financeiras no Brasil estreia nesta segunda-feira (16), informou o site G1. O PIX, sistema de pagamentos instantâneos desenvolvido pelo Banco Central (BC), já começa com quase 30 milhões de pessoas cadastradas e disponível para clientes de mais de 730 instituições financeiras no país.

Além do objetivo principal, o BC espera também um aumento da competição no mercado financeiro e redução no uso de papel moeda. Há uma expectativa de que o sistema seja o grande substituto de DOCs e TEDs, já que o PIX é gratuito e está disponível a qualquer hora, sete dias por semana, ao contrário destas outras opções. Ele também será usado para compras on-line e off-line. A operação deve demorar até dez segundos.

O efeito mais imediato do PIX é em relação às transferências bancárias. Além de serem facilitadas pela praticidade de trocar dinheiro apenas com a chamada 'chave PIX' do recebedor em mãos, a velocidade e gratuidade da transação são diferenciais.

O registro destas chaves digitais por parte dos clientes - para endereçamento de envios ou recebimentos de recursos - já tinha começado no dia 5 de outubro. 

Como usar o PIX?

O PIX permite fazer e receber pagamentos ou transferências de várias formas. Pode ser via QR Code ou link gerado por celular ou inserção dos dados de pessoas físicas e jurídicas, como e-mail, número de celular, CPF ou CNPJ e estas chaves digitais - as chaves PIX - que vão funcionar como uma espécie de apelido para identificar o usuário. Com elas, não será necessário digitar os dados bancários.

A pessoa física pode ter chaves em mais de uma instituição bancária, mas só pode ter uma modalidade por instituição. Se cadastrar o CPF em um determinado banco, por exemplo, ele só pode ser usado como chave PIX naquele banco.

Há expectativa grande no comércio. Depois de um período de ajustes, os lojistas devem adotar o recurso não só pela questão de velocidade da transação, mas em especial pela redução de custos no negócio. As taxas cobradas de pessoas jurídicas pelo uso do PIX serão menores do que operações com cartões de débito e crédito tradicionais.

De acordo com o BC, quase 70% das transações financeiras são realizadas com dinheiro vivo no Brasil. Em um previsão de dez anos de funcionamento do PIX, a expectativa é que esse número diminua em 10%.

Fraudes

O Banco Central afirma que o PIX requer segurança redobrada para não ser suscetível a fraudes. Além de contar com o sistema de segurança da própria entidade, em setembro o BC criou uma regra sobre restituição de valores transferidos por suspeita de golpe. Se houver alguma comprovação de crime, será possível fazer reembolso sem autorização da pessoa que recebeu o depósito.

No dia 3 de novembro o BC iniciou uma fase de testes para captar possíveis falhas antes da estreia do sistema. Não foram encontradas vulnerabilidades graves e a expectativa é que a inauguração ocorra sem problemas. No período, as instituições financeiras cadastradas puderam dar acesso ao PIX a até 5% dos clientes cadastrados. Ao longo de quase duas semanas, até a última sexta-feira (13), foram realizadas mais de 820 mil transações, que movimentaram R$ 320 milhões.

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