A ordem presidencial deve prever a retirada das tropas até meados de janeiro, conforme publicou o portal da CNN, citando dois funcionários da Casa Branca. O Pentágono já emitiu um aviso de "ordem de advertência" aos comandantes para começarem a planejar a redução das forças no Afeganistão para 2,5 mil soldados e outros 2,5 mil no Iraque até 15 de janeiro, disse o relatório.
No início deste mês, pouco antes de ser "demitido" por Trump pelas redes sociais, na esteira da eleição presidencial, o então secretário de Defesa, Mark Esper, enviou um memorando confidencial à Casa Branca alertando contra uma rápida retirada das tropas do Afeganistão, publicou o jornal The Washington Post. Trump substituiu Esper pelo Diretor do Centro Nacional de Contraterrorismo, Christopher Miller.
Em outubro, Trump declarou que todas as tropas dos EUA deveriam estar em casa no Natal, mas foi desmentido pelo conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Robert O'Brien, que disse que milhares de soldados permaneceriam fora do país por mais tempo.
Ainda segundo o Washington Post, Esper levantou preocupações sobre zerar a presença militar dos EUA no Afeganistão em meio a negociações de paz com o Talibã (grupo terrorista proibido na Rússia). O ex-secretário de Defesa dos EUA chamou a atenção de Trump para o aumento da violência do Talibã e um possível perigo para as tropas restantes de aliados.
Trump tem pressa em cumprir sua promessa de encerrar a guerra mais longa da história dos EUA. Depois que o país alcançou um acordo com o Talibã em fevereiro, o número de soldados caiu para 8,6 mil em julho, com previsão de saída de outros quatro mil nos próximos meses. No início do próximo ano, o contingente pode ser reduzido para 2,5 militares.