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TSE: voltar ao sistema descentralizado de apuração no 2º turno custaria R$ 100 milhões

© AP Photo / Silvia IzquierdoZona eleitoral na Rocinha, Rio de Janeiro
Zona eleitoral na Rocinha, Rio de Janeiro - Sputnik Brasil
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Técnicos do TSE avaliam que voltar para o modelo antigo de apuração dos votos no segundo turno das eleições, no dia 29 de novembro, custaria R$ 100 milhões. 

Nas eleições municipais de 2020, realizadas no domingo (15), o Tribunal Superior Eleitoral centralizou o sistema de totalização dos votos, antes disperso regionalmente. 

As parciais dos resultados pelo TSE demoraram mais do que em comparação com anos anteriores. O presidente do órgão, Luís Roberto Barroso, explicou que a centralização da apuração causou problemas na divulgação dos votos. De acordo com Barroso, o atraso em 2020 foi de cerca de três horas. 

Por outro lado, o magistrado explicou que a mudança foi uma decisão técnica, tomada por recomendação da Polícia Federal por questões de segurança. A alteração do sistema foi aprovada na gestão de Rosa Weber na presidência do TSE.

Não haveria tempo para mudança

Nesta segunda-feira (16), o TSE disse que a retomada do modelo antigo no segundo turno custaria pelo menos R$ 100 milhões, mais R$ 20 milhões de manutenção anual. Além disso, não haveria tempo suficiente para adotar a medida.

Até a eleição de 2018, os boletins das urnas eram transmitidos para os computadores dos Tribunais Regionais Eleitorais, que totalizavam os votos e enviavam o resultado para o TSE. Neste ano, contudo, a totalização dos votos ficou concentrada em Brasília. 

"É até possível que a centralização no TSE tenha sido a causa da lentidão, estamos estudando. Mas foi decisão técnica decorrente de recomendação da PF e, embora tenha dito que não tinha simpatia pela medida, eu também a teria tomado, porque era recomendação técnica de relatório minucioso da PF a esse respeito", afirmou Barroso, segundo o portal G1. 

Ataques de hackers

Nesta segunda-feira (16), a ONG SaferNet denunciou que o TSE sofreu ataques cibernéticos em uma operação coordenada. A ação, no entanto, não teria relação com o atraso na divulgação dos resultados. 

Segundo a organização, hackers queriam desacreditar a Justiça Eleitoral.

Nesta segunda-feira (16), o presidente Jair Bolsonaro questionou a confiabilidade do sistema eleitoral brasileiro. Ele disse que era preciso ter um modelo de apuração "que não deixe dúvidas" e fosse "confiável e rápido", sem "deixar margem para suposições". 

A maioria dos especialistas na área eleitoral, no entanto, diz que o sistema brasileiro é moderno e seguro. 

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