Um destróier com sistema antimíssil Aegis, localizado perto do Havaí, EUA, disparou nesta terça-feira (17) um míssil Standard Missile-3 (SM-3) Block IIA contra um alvo lançado do atol Kwajalein, nas Ilhas Marshall, relata a agência Bloomberg.
"Esta foi uma operação incrível e um marco crítico" para o programa Aegis, afirmou o vice-almirante John Hill, diretor da Agência de Defesa de Mísseis dos EUA, em comunicado, citado no artigo. O teste mostrou que o míssil Raytheon "pode derrotar um alvo da classe ICBM (míssil balístico intercontinental), o que é uma etapa [muito importante] no processo de determinar a sua viabilidade como parte da arquitetura de defesa [da pátria]".
O míssil foi desenvolvido pela Raytheon Technologies Corporation, sediada em Waltham, Massachusetts, EUA, e pela Mitsubishi Heavy Industries Ltd., em Minato, Japão. O país asiático, por sua vez, pretende comprar o míssil para reforçar sua defesa contra a Coreia do Norte. De igual modo, o novo míssil também é peça central dos programas de defesa antimísseis dos EUA e da Europa, estando programado para ser instalado na Polônia.
O míssil testado tem um maior alcance, um motor mais desenvolvido, tecnologia de busca de mísseis mais sensível, e um avançado "veículo de destruição" ou ogiva.
A interceptação bem-sucedida significa que a próxima administração norte-americana, que toma posse em janeiro de 2021, pode ter uma nova arma naval, que poderia interceptar um ICBM caso Coreia do Norte o disparasse contra os navios continentais da Marinha dos EUA.