O Reino Unido vai proibir a venda de novos carros movidos a gasolina e diesel a partir de 2030. Quem garante é o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, que em artigo publicado ontem (17) no Financial Times reafirmou sua intenção em promover uma "revolução verde", visando zerar as emissões de carbono do país.
Our Ten Point Plan for a Green Industrial Revolution will create and support up to 250,000 jobs.
— UK Prime Minister (@10DowningStreet) November 18, 2020
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Nosso Plano de Dez Pontos para uma Revolução Industrial Verde criará e apoiará até 250 mil empregos.
"Agora é a hora de planejar uma recuperação verde com empregos de alta qualificação que deem às pessoas a satisfação de saber que estão ajudando a tornar o país mais limpo, mais verde e mais bonito", escreveu Boris Johnson.
De acordo com a publicação, a estratégia de Johnson é um plano de dez pontos que, segundo ele, "transformará o Reino Unido no centro número um do mundo para tecnologia verde e finanças, criando as bases para décadas de crescimento econômico".
Entre alguns destaques do plano estão: "levaremos adiante nossos planos para nova energia nuclear, de grande escala a reatores modulares pequenos e avançados"; "vamos investir em veículos elétricos, interligando o terreno com pontos de recarga e criando baterias de longa duração nas fábricas do Reino Unido"; "teremos transporte público mais limpo, incluindo milhares de ônibus verdes e centenas e quilômetros de novas ciclovias"; e "estabeleceremos uma nova indústria líder mundial em captura e armazenamento de carbono".
O primeiro-ministro quer também utilizar a capacidade da natureza de absorver carbono plantando 30 mil hectares de árvores por ano até 2025.
No total, o plano anunciado pelo primeiro-ministro vai mobilizar o equivalente a 12 bilhões de libras (cerca de R$ 84 bilhões) de fundos do governo, sendo que três vezes deste valor devem vir do setor privado, criando e apoiando 250 mil empregos de alta qualificação até 2030.
No ano passado, o Reino Unido se tornou o primeiro país do G7 (composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido) a aprovar uma legislação com a meta de zerar as emissões de carbono até 2050, o que exige mudanças generalizadas na economia britânica.