O governo do estado de São Paulo recebeu nesta manhã (19) as 120 mil primeiras doses, que fazem parte de um lote de seis milhões previsto para chegar até o final de dezembro, da vacina contra COVID-19 CoronaVac.
Acaba de pousar em São Paulo o avião trazendo 120 mil doses prontas da vacina Coronavac, que serão armazenadas pelo Instituto Butantan até liberação da Anvisa. Semana que vem também chegam 600L de insumos para produção nacional no Instituto. pic.twitter.com/9TIoDKhPqO
— Gianvitor Dias (@Gianvitor) November 19, 2020
O governador João Doria acompanhou a chegada dos lotes. As doses serão armazenadas em um local que não foi divulgado por questões de segurança.
AGORA: estamos no Aeroporto de Guarulhos, onde o governador de São Paulo, João Doria, e o secretário de Saúde, Jean Gorinchteyn, recebem as primeiras 120 mil doses da Coronavac.
— Beatriz Manfredini (@B_Manfredini) November 19, 2020
A expectativa é que 6 milhões sejam recebidas até dezembro - além dos insumos para fabricação. pic.twitter.com/HvpnMAztIp
Além das vacinas, o Instituto Butantan deve receber parte da matéria-prima para fabricar outras 40 milhões de doses, informou o governo de SP.
"Ficamos, portanto, apenas no aguardo do registro da Anvisa. É a primeira vacina que aporta em solo nacional. Isso é importante: o Brasil já tem a sua vacina, que vai estar aguardando os trâmites junto à Anvisa e junto ao Ministério da Saúde para poder iniciar o programa de vacinação", afirmou ao portal G1 Dimas Covas, diretor-geral do Instituto Butantan.
Além disso, ele ressaltou que espera que a vacinação comece em meados de janeiro no máximo até fevereiro.
Emocionante acompanhar a chegada das primeiras doses da Coronavac, a vacina do Butantan, ao Brasil. A vacina que representa nossa maior esperança no combate à COVID-19. Momento histórico em defesa da vida e no enfrentamento da pandemia. 🙏 pic.twitter.com/vHjMPm9OQx
— João Doria (@jdoriajr) November 19, 2020
As fases 1 e 2 do estudo da vacina envolveram 743 voluntários saudáveis na China, de 18 a 59 anos, sendo que na fase 1 foram 143 e na fase 2 – 600. Durante a fase 3, que já conta com milhares de voluntários, será medida a eficácia da vacina.
CoronaVac
A vacina CoronaVac é desenvolvida em parceria entre o Instituto Butantan, de São Paulo, e a farmacêutica chinesa Sinovac. A candidata a imunizante contra a COVID-19 está em fase avançada de testes e tornou-se pivô de polêmica após o presidente Bolsonaro interferir no Ministério da Saúde para impedir que o governo federal comprasse cerca de 46 milhões de doses da vacina em acordo com o governo do estado de São Paulo. A interferência do presidente desautorizou um acordo já fechado, abrindo nova crise no governo.