Os gestores querem a liberação de R$ 3.000.000 em recursos e a disponibilização de 20 milhões de testes rápidos. Além disso, o conselho pede a criação de uma estratégia de testagem em massa da população, algo que não foi feito no início da epidemia no país.
O aumento dos casos e mortes em várias cidades brasileiras, assim como o crescimento da ocupação dos hospitais, acenderam o alerta para uma possível segunda onda do coronavírus, a exemplo do que ocorreu em países da Europa.
De acordo com levantamento do Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (SindHosp), 44,7% dos hospitais privados no estado detectaram aumento das internações de pacientes com a COVID-19 nos últimos 15 dias.
'Tragédia epidemiológica'
O Conass pediu uma reunião com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e disse que o Brasil pode viver "tragédia epidemiológica de proporções piores" do que a primeira onda da COVID-19 no Brasil.
"Qualquer expressão de negação do risco de uma nova expansão da doença em território nacional poderá levar a um cenário de tragédia epidemiológica de proporções piores aos vividos na primeira expansão de casos. As vidas perdidas até aqui para o coronavírus não podem ser ignoradas. A melhor resposta que o poder público pode dar, em nome do luto de milhares de famílias brasileiras, é uma ação à altura da situação gravíssima que temos", disse o presidente do conselho, Carlos Lula, no documento em que pede a reunião com Pazuello, segundo o jornal O Globo.
Segundo dados do Ministério da Saúde desta quinta-feira (19), foram registradas 606 mortes pela COVID-19 no Brasil nas últimas 24 horas, fazendo total de óbitos chegar a 168.061.
A pasta também confirmou 35.918 casos do coronavírus. Total de infectados é agora de 5.981.767.