Os números da COVID-19 continuam em escalada no Brasil – o mesmo, no entanto, não pode ser dito sobre o número de testes realizados.
O número de exames PCR (o mais adequado para realizar o diagnóstico) conduzidos pela rede pública de saúde até o fim do mês de outubro, quando o Ministério da Saúde divulgou o último boletim, é de cinco milhões. Muito longe dos 24,6 milhões estipulados como meta pelo governo federal.
Seguindo o ritmo atual, a meta só será atingida daqui a um ano e dez meses – ou seja, em agosto de 2022. A reportagem publicada pelo Jornal O Globo informa ainda que a quantidade de testes realizados está em queda desde agosto, mês em que a média diária de exames foi de 34,4 mil. A média caiu para 31,4 mil em setembro e para 28,6 mil em outubro. Mesmo durante o pico, em agosto, o número esteve longe da meta estipulada pelo Ministério da Saúde de 70 mil testes diários.
De acordo com boletim divulgado nesta quinta-feira (19), o Brasil registrou 606 óbitos e por COVID-19 nas últimas 24 horas, além de 35.918 novos casos da doença. O total de mortes causadas pela pandemia no país está em 168.061.
O mesmo boletim informa que a COVID-19 está presente em 99,9% dos municípios brasileiros. Em relação aos óbitos, 4.700 municípios tiveram registros (84,4%).
Diante da escalada dos números no Brasil, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) pediu nesta quinta-feira (19) medidas imediatas do governo federal para enfrentar a possível segunda onda da COVID-19. Entre os pedidos, estão a liberação de R$ 3.000.000 em recursos, a disponibilização de 20 milhões de testes rápidos e a criação de uma estratégia de testagem em massa da população.