Israel subiu o tom na madrugada de ontem (19) e acusou o Líbano de mudar sua posição nas negociações sobre a disputada fronteira marítima no Mediterrâneo. De acordo Tel Aviv, crise poderia levar países a um "beco sem saída", o que seria prejudicial para toda a região.
"Qualquer pessoa que queira prosperar em nossa região e busque desenvolver recursos naturais com segurança deve aderir ao princípio da estabilidade e resolver a disputa nos moldes depositados por Israel e Líbano na ONU. Qualquer desvio disso conduzirá a um beco sem saída e constituirá uma traição às aspirações dos povos da região", escreveu o ministro da Energia de Israel Yuval Steinitz em seu Twitter na quinta-feira (19).
"O Líbano mudou sua posição na fronteira marítima com Israel sete vezes. Sua posição atual contradiz não apenas suas posições anteriores, mas também a posição do Líbano na fronteira marítima com a Síria, que leva em consideração as ilhas libanesas próximas à fronteira", adicionou Steinitz.
"Sua posição atual contradiz não apenas a anterior, mas também a posição do Líbano em sua fronteira marítima com a Síria, que leva em consideração as ilhas libanesas próximas à fronteira", concluiu.
Ainda ontem (19), de acordo com informações da AFP, o presidente libanês comentou a situação. Segundo ele, o delineamento da fronteira deveria ser "baseado na linha que parte em terra do ponto de Ras Naqoura".
A questão envolvendo fronteiras marítimas de Israel e Líbano partiu de uma negociação com base em um mapa registrado nas Nações Unidas em 2011. O documento mostra um trecho de mar de 860 quilômetros quadrados em disputa.
O Líbano considera que esse mapa foi baseado em estimativas erradas, e exige 1.430 quilômetros quadrados adicionais para o seu território, o que inclui parte do campo de gás Karish de Israel.