Israel faz acusações contra o Líbano e diz que questão sobre fronteira marítima é 'beco sem saída'

© AP Photo / Marc Israel SellemPlataforma de exploração de gás no campo de gás natural de Leviatã, no mar Mediterrâneo
Plataforma de exploração de gás no campo de gás natural de Leviatã, no mar Mediterrâneo - Sputnik Brasil
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Desde outubro os dois países promovem rodadas de negociação para delimitar as fronteiras em território marítimo de cada um. Em meio à disputa está a exploração offshore de petróleo e gás.

Israel subiu o tom na madrugada de ontem (19) e acusou o Líbano de mudar sua posição nas negociações sobre a disputada fronteira marítima no Mediterrâneo. De acordo Tel Aviv, crise poderia levar países a um "beco sem saída", o que seria prejudicial para toda a região.

​"Qualquer pessoa que queira prosperar em nossa região e busque desenvolver recursos naturais com segurança deve aderir ao princípio da estabilidade e resolver a disputa nos moldes depositados por Israel e Líbano na ONU. Qualquer desvio disso conduzirá a um beco sem saída e constituirá uma traição às aspirações dos povos da região", escreveu o ministro da Energia de Israel Yuval Steinitz em seu Twitter na quinta-feira (19).

​"O Líbano mudou sua posição na fronteira marítima com Israel sete vezes. Sua posição atual contradiz não apenas suas posições anteriores, mas também a posição do Líbano na fronteira marítima com a Síria, que leva em consideração as ilhas libanesas próximas à fronteira", adicionou Steinitz.

"Sua posição atual contradiz não apenas a anterior, mas também a posição do Líbano em sua fronteira marítima com a Síria, que leva em consideração as ilhas libanesas próximas à fronteira", concluiu.

Ainda ontem (19), de acordo com informações da AFP, o presidente libanês comentou a situação. Segundo ele, o delineamento da fronteira deveria ser "baseado na linha que parte em terra do ponto de Ras Naqoura".

© REUTERS / Aziz TaherO recém-eleito presidente libanês Michel Aoun no palácio presidencial em Baabda, perto de Beirute, no Líbano.
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O recém-eleito presidente libanês Michel Aoun no palácio presidencial em Baabda, perto de Beirute, no Líbano.
A demarcação deve ser "de acordo com o princípio geral conhecido como linha mediana, sem levar em consideração qualquer impacto das ilhas costeiras palestinas ocupadas", afirmou Aoun, referindo-se ao litoral israelense.

A questão envolvendo fronteiras marítimas de Israel e Líbano partiu de uma negociação com base em um mapa registrado nas Nações Unidas em 2011. O documento mostra um trecho de mar de 860 quilômetros quadrados em disputa.

O Líbano considera que esse mapa foi baseado em estimativas erradas, e exige 1.430 quilômetros quadrados adicionais para o seu território, o que inclui parte do campo de gás Karish de Israel.

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