Cientistas revelam existência de bactérias e DNA humano em pinturas de Leonardo da Vinci (FOTO)

© Foto / Pixabay / wgbieberLeonardo da Vinci (imagem referencial)
Leonardo da Vinci (imagem referencial) - Sputnik Brasil
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Os pesquisadores creem que a pintura foi "contaminada" ao longo dos séculos por vários restauradores e outras pessoas que manusearam as obras de arte do polímata italiano.

Foi descoberta uma grande quantidade de DNA humano em seis das pinturas de Leonardo da Vinci, relata o portal EurekAlert.

© Foto / Pinar et al.Um dos desenhos de Leonardo da Vinci com microrganismos investigados
Cientistas revelam existência de bactérias e DNA humano em pinturas de Leonardo da Vinci (FOTO) - Sputnik Brasil
Um dos desenhos de Leonardo da Vinci com microrganismos investigados

Um grupo de microbiologistas e historiadores da Itália e Áustria coletou poeira e pequenos fragmentos da superfície das telas localizadas no Palácio Real de Turim e na Biblioteca Corsiana em Roma com o uso de uma nova ferramenta chamada Nanopore, um método de sequenciamento genético que se decompõe e analisa rapidamente o material genético, para fazer o estudo detalhado dos diferentes materiais biológicos.

A Nanopore revelou uma grande quantidade de DNA humano, algo que os autores do estudo teorizam ser resultado de manuseamento por diferentes restauradores e pessoas ao longo dos séculos, e não pelo polímata italiano.

Esse trabalho era necessário devido à presença de micróbios conhecidos por degradar o papel ao longo do tempo, indicam os pesquisadores.

Além disso, no estudo publicado na revista Frontiers in Microbiology foi encontrado DNA de moscas e cianobactérias nas telas. Os investigadores ficaram surpreendidos pela preponderância das bactérias sobre os fungos.

"[Mas] é difícil dizer se algum destes contaminantes é originário da época em que Leonardo da Vinci estava esboçando seus desenhos", dizem os pesquisadores da equipe, admitindo que não analisaram as pinturas ao ponto de descobrir as fontes da "contaminação" microbial.

A técnica utilizada neste estudo pode ser útil no futuro para revelar pormenores sobre a história até de algumas das obras de arte mais bem estudadas, apontam os cientistas.

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