Funcionário eleitoral da Geórgia é afastado após descoberta de 2.600 cédulas não contadas

© REUTERS / Brandon BellComício da campanha eleitoral de Donald Trump na Geórgia, EUA
Comício da campanha eleitoral de Donald Trump na Geórgia, EUA - Sputnik Brasil
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A campanha de Donald Trump continua tentando novas auditorias no estado em que Joe Biden venceu oficialmente, onde também foram descobertas cerca de 3.000 cédulas não contadas em outros condados.

Robert Brady, chefe das eleições do condado de Floyd, estado da Geórgia, EUA, foi despedido após uma recontagem à mão revelar que milhares de cédulas não foram contadas durante a apuração inicial, informou na sexta-feira (20) o canal FOX 5 Atlanta.

A contagem à mão de 8.000 cédulas revelou a existência de 2.600 cédulas extra em relação à contagem oficial, algo de que o secretário de Estado local republicano, Brad Raffensperger, culpou os funcionários eleitorais pelo falhanço em subir votos de um cartão de memória em uma máquina de escaneamento de cédulas.

Os funcionários locais se reuniram na quinta-feira (19) antes de tomar a decisão de dispensar Brady, e houve consenso entre os membros republicanos e democratas, diz a mídia.

Também foi descoberto que o condado de Fayette não contou 2.750 cédulas para as eleições presidenciais dos EUA, o mesmo acontecendo com o condado de Walton, em que 284 dos votos foram omitidos.

"Houve uma questão em que notamos que havia mais pessoas nas cédulas de ausentes arquivadas para votar pessoalmente no condado de Fayette do que no registro real", relatou na quinta-feira (19) Gabriel Sterling, funcionário eleitoral da Geórgia, citado pelo canal FOX 5 Atlanta.

Reta final

Apesar de tudo, a agência Associated Press declarou que na Geórgia venceu o candidato democrata Joe Biden, levando Raffensperger a dizer que estava "desapontado", tal como outros republicanos, mas que tinha um dever cívico.

"Eu vivo sob o lema de que os números não mentem. Como secretário de Estado, acredito que os números que apresentamos hoje estão corretos", contou.

Brian Kemp, governador da Geórgia, não desarma, e exigiu uma nova auditoria dos votos, relata o canal Fox News, crendo ser "completamente inaceitável" ter havido milhares de votos estaduais não contados, de acordo com o jornal Atlanta Journal-Constitution.

Kemp afirma entender a frustração de Trump, a quem considera "um lutador" por combater os resultados oficiais das eleições, mas que "tenho que seguir as leis da constituição deste estado, e é exatamente isso que estou fazendo".

A campanha de Trump tem agora até terça-feira (24) para solicitar outra recontagem, refere o governador da Geórgia, notando que os resultados dos dois candidatos presidenciais são separados por meio ponto percentual, ou cerca de 14.000 votos.

O estado da Geórgia iniciou a recontagem à mão em 13 de novembro, depois que a campanha de Trump exigiu auditoria dos votos, tal como o fez em outros estados com pequenas margens oficiais de vitória para Biden. A recontagem manual foi certificada na sexta-feira (20) por Brian Kemp.

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