Os restos perfeitamente conservados de duas pessoas foram encontrados recentemente durante escavações a aproximadamente 700 metros da antiga cidade romana de Pompéia.
Os pesquisadores acreditam que os corpos pertenciam a um homem de alta classe social e seu escravo, que tentavam fugir da erupção do Vesúvio do ano 79 d.C, comunicaram neste sábado (21) as autoridades do parque arqueológico italiano.
Segundo os arqueólogos, as vítimas conseguiram escapar da fase inicial do desastre, quando a cidade ficou coberta de cinzas vulcânicas em um criptopórtico - um túnel subterrâneo - na parte nobre da cidade de Civita Giuliana, onde logo faleceram devido a uma erupção que ocorreu no dia seguinte.
Massimo Osanna, diretor do parque, explicou que a causa da morte foi "um golpe de calor, como demonstra também o fato de terem as mãos e os pés contraídos".
Os especialistas detalharam que um dos falecidos era um jovem, de entre 18 e 25 anos, que tinha várias vértebras comprimidas, o os fez acreditar que era um operário que realizava trabalho manual ou um escravo. Estava usando uma túnica plissada, possivelmente feita de lã. A segunda vítima era um homem rico, de entre 30 e 40 anos, com uma estrutura de ossos mais forte, particularmente na zona do tórax, vestido também com uma túnica.
Por sua parte, Osanna afirmou que a descoberta é "verdadeiramente excepcional", enquanto o ministro da Cultura da Itália, Dario Franceschini, salientou a importância de Pompéia como lugar de estudo e pesquisa.
"Esta extraordinária descoberta mostra que Pompéia é um lugar importante no mundo não somente pela grande quantidade de turistas, mas também porque é um local incrível de pesquisas e estudos", declarou.