E maio, a administração Trump declarou a intenção de se retirar do referido tratado, acusando a Rússia de violar as suas condições. Moscou por sua vez rejeitou tais alegações.
Com a retirada dos EUA do acordo, o Novo START (Tratado de Redução de Armas Estratégicas) é agora o último grande acordo de controle de armas entre Moscou e Washington.
(1/2) “Today marks six months since the United States submitted our notice of withdrawal from the Treaty on Open Skies. We are now no longer a party to this treaty that Russia flagrantly violated for years.
— NSC (@WHNSC) November 22, 2020
O dia de hoje marca seis meses desde que os Estados Unidos apresentaram nossa notificação de retirada do Tratado de Céus Abertos. Já não fazemos parte deste tratado, que foi violado flagrantemente pela Rússia durante anos.
"[O presidente Trump] nunca deixou de colocar a América em primeiro lugar, nos retirando de tratados e acordos obsoletos que beneficiaram os nossos adversários à custa da nossa segurança nacional," adicionou Robert O'Brien, conselheiro de Segurança Nacional dos EUA.
Por sua vez, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que Moscou lamenta a retirada dos EUA do tratado. "Lamentamos e achamos que a retirada dos EUA deste tratado o torna inviável", declarou ele no domingo (22) em entrevista à radio Govorit Moskva.
Moscou indicou neste domingo (22) que procuraria salvar o Tratado de Céus Abertos, que também é integrado pelos aliados dos EUA na OTAN, a Suécia, Finlândia, Bielorrússia, Ucrânia e vários outros países.
O documento foi assinado em 1992 e se tornou uma das medidas de fortalecimento da confiança na Europa após a Guerra Fria.
Está em vigor desde 2002 e permite que os 34 países membros coletem abertamente informações sobre as forças e atividades militares uns dos outros, através de voos de observação sobre os territórios dos diversos países.