Os resultados mais recentes do imunizante desenvolvido pela universidade inglesa – que apontaram para uma eficácia média de 70%, mais baixa que a da Sputnik V e das vacinas da Pfizer e da Moderna – serão compartilhados com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A informação é do jornal O Globo, que diz ainda que, caso seja aprovada pela Anvisa, a vacina deve chegar à população brasileira já em janeiro de 2021. A expectativa é que o Brasil receba até lá 30 milhões de doses da vacina.
"Temos uma indicação precoce, já que os dados são preliminares, de que a vacina poderia reduzir a transmissão do vírus, não só protegendo contra a doença, mas impedindo a infecção. Aí você está ajudando realmente a parar a pandemia", disse ao Globo Sue Ann Costa Clemens, coordenadora nacional dos ensaios clínicos da vacina de Oxford.
O Brasil é um dos países em que voluntários participam das pesquisas de eficácia da vacina da AstraZeneca. Estudos aplicados da empresa também estão em curso nos Estados Unidos, África do Sul, Quênia, Japão, Índia e Rússia.
A vacina de Oxford tornou-se nesta segunda-feira (23) a quarta a anunciar a sua eficácia. Em 9 de novembro, a Pfizer informou que sua vacina contra a COVID-19 era mais de 90% eficaz. Em 18 de novembro, após análise final, a empresa disse que a eficácia correspondeu a 95%. Em 16 de novembro, a Moderna afirmou que seu imunizante atinge uma eficácia de 94,5%. As duas últimas vacinas são baseadas em uma nova tecnologia de RNA mensageiro.
Enquanto isso, a vacina russa Sputnik V demonstrou, em 11 de novembro, 92% de eficácia durante a terceira fase dos testes clínicos. A Sputnik V utiliza adenovírus humanos, que normalmente causam uma constipação comum, como transportadores para entregar um gene do pico do coronavírus às células humanas. Essa tecnologia tem sido amplamente utilizada por décadas e demonstrou ser segura em mais de dez milhões de pessoas vacinadas com vacinas adenovirais humanas.