"Como eu constatei recentemente, a decisão da administração de sair do Tratado de Céus Abertos é imprudente e deixa os EUA e os nossos aliados menos seguros contra a Rússia. Durante quase 20 anos, o Tratado, que foi aprovado pelo Senado unanimemente, forneceu aos Estados Unidos e aos nossos aliados informações importantes sobre as forças armadas da Rússia", destacou Menendez no comunicado publicado pelo Comitê no domingo (22).
Ele ressaltou que agora, após a retirada, os EUA não vão poder mais ter acesso aos dados coletados pela Rússia através de voos de observação de Céus Abertos.
"A decisão da administração de abandonar o Tratado se encaixa em um padrão mais amplo de devoluções de armas e acordos de não proliferação, o que evoca profunda preocupação entre os nossos aliados sobre o nosso compromisso com a sua segurança", continuou senador.
"Acredito firmemente que a decisão do presidente Trump de se retirar do Tratado é uma violação da lei nacional. Na Lei de Autorização de Defesa Nacional de 2020, o Congresso reafirmou seu apoio ao Tratado e determinou especificamente que o governo justificasse uma retirada quatro meses antes de qualquer notificação formal para retirada acontecesse", relembrou Menendez. O senador também pediu para que a futura administração presidencial dos EUA volte para o acordo.
Em maio, a administração Trump declarou a intenção de se retirar do Tratado de Céus Abertos, acusando a Rússia de violar as suas condições. No domingo (22), a decisão entrou oficialmente em vigor, surpreendendo até mesmo aliados europeus dos EUA. Muitos países já expressaram o seu lamento e esperaram que Washington reconsidere esta escolha.
O presidente do comitê de relações exteriores do Conselho da Federação da Rússia, Konstantin Kosachev, contou à rádio Sputnik no domingo (22) que o Tratado de Céus Abertos permaneceria em vigor enquanto os países da OTAN garantissem não enviar os dados disponíveis para outros países, especialmente, para os EUA.