Líderes do G20 querem era pós-COVID-19 inclusiva, sustentável e equilibrada
Os líderes do G20 se reuniram por videoconferência no sábado (21) e domingo (22) sob a presidência da Arábia Saudita para discutir os problemas mais relevantes do mundo. No encerramento da cúpula, eles prepararam uma declaração com os pontos mais importantes para o desenvolvimento no mundo pós-COVID-19. Primeiro, os líderes dos países do G20 reconheceram a necessidade de reformar organizações internacionais como a Organização Mundial do Comércio (OMC). Além disso, o G20 pediu ao Fundo Monetário Internacional que explore mecanismos adicionais para fornecer apoio às economias de seus países-membros em meio à crise. As mudanças climáticas também foram objeto de atenção do grupo, que reafirma o comprometimento com um futuro mais sustentável. Em relação à vacina contra a COVID-19, todos se comprometeram com uma distribuição equitativa e justa.
Governo brasileiro se reunirá com 5 laboratórios fabricantes de vacinas contra COVID-19
O Ministério da Saúde do Brasil informou neste domingo (22) que vai se reunir nesta semana com cinco laboratórios fabricantes de vacinas contra a COVID-19 para avaliar a possibilidade de sua aquisição no futuro. Entre as empresas selecionadas está o Centro Nacional de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya, da Rússia, a Pfizer/BionTech (EUA/Alemanha), a Janssen (EUA), a Moderna (EUA) e a Covaxin (Índia). Já a farmacêutica chinesa Sinovac, responsável pelo desenvolvimento da CoronaVac - que possui uma parceria com o Instituto Butantan e o governo do estado de São Paulo -, não está entre as selecionadas pelo ministério.
Governo federal pode descartar 6,8 milhões de testes perto da validade
O governo federal pode descartar 6,86 milhões de testes para COVID-19 comprados pelo Ministério da Saúde, por estarem próximos de perder a validade entre dezembro deste ano e janeiro de 2021. Até hoje, estes testes não foram distribuídos na rede pública. Ao todo, a Saúde investiu R$ 764,5 milhões em testes, enquanto os testes perto da validade custaram R$ 290 milhões. A falta de capacidade e de liderança do ministério neste processo pode "desperdiçar" não apenas dinheiro como também os testes, que poderiam ser utilizados na prevenção contra a COVID-19.
Vacina da AstraZeneca mostra menor eficácia que outras vacinas
A vacina da AstraZeneca, cuja eficácia foi comunicada na segunda-feira (23), também pertence à classe de vacinas baseadas em vetores adenovirais, mas a empresa britânica usa adenovírus de chimpanzé para construir seus vetores. O indicador médio de eficácia da vacina para COVID-19 da AstraZeneca é de 70%, inferior ao das outras três vacinas candidatas, a norte-americana da Pfizer, a russa Sputnik V e a vacina de outra empresa farmacêutica americana, a Moderna. Assim, a vacina da AstraZeneca é a menos eficaz entre as quatro vacinas que reportaram sua eficácia neste mês. Foram avaliados dois regimes diferentes de dosagem, ambos demonstrando eficácia mas com um deles apresentando um melhor perfil. Um regime de dosagem (n=2,741) mostrou uma eficácia de 90% quando [a vacina] AZD1222 foi administrada em meia dose, seguida pela dose completa um mês depois. O outro regime de dosagem (n=8,895) mostrou a eficácia de 62%, quando administrado em duas doses completas com pelo menos um mês de intervalo. A análise combinada dos dois regimes de dosagem (n=11,636) resultou em 70% de eficácia média. Todos os resultados foram estatisticamente significativos (p<=0.0001).
EUA pretendem iniciar vacinação contra COVID-19 em dezembro
O chefe do programa de vacinas do governo dos EUA, dr. Moncef Slaouli, disse que a população norte-americana pode receber a vacina contra a COVID-19 a partir de 11 de dezembro. Em 10 de dezembro, os consultores da FDA (Administração de Alimentos e Medicamentos dos EUA) se reunirão para discutir a autorização de vacinação em massa. A vacina deve ser distribuída com base na população de cada estado dos EUA, sendo que os profissionais da saúde, trabalhadores da linha de frente e idosos terão prioridade na vacinação.
Cerca de 650 corpos de vítimas da pandemia estão em caminhões refrigerados em Nova York
Os corpos de cerca de 650 nova-iorquinos que morreram de COVID-19 ainda estão sendo armazenados em caminhões refrigerados na orla marítima do Brooklyn. O The Wall Street Journal publicou neste domingo (22) que o Gabinete do Médico Legista-Chefe de Nova York (OCME, na sigla em inglês) informou que muitos dos corpos são de pessoas cujas famílias não puderam ser localizadas ou que não têm condições de pagar pelos enterros de seus parentes. Um porta-voz do OCME relatou ao jornal que o necrotério de emergência montado em abril no cais da rua 39, no bairro de Sunset Park no Brooklyn, permanecerá aberto até que a pandemia do novo coronavírus seja declarada encerrada. Segundo o mapa elaborado pela Universidade Johns Hopkins, os Estados Unidos têm mais de 256.700 mortes pelo novo coronavírus registradas, o maior número de todos os países do mundo. O estado de Nova York sozinho confirmou mais de 34.300 mortes relacionadas ao vírus SARS-CoV-2.