Huawei Technologies enfrenta as consequências das sanções dos EUA, enquanto os rivais domésticos da empresa, como Oppo, Vivo e Xiaomi, fazem movimentos agressivos para conquistar a parte de mercado de gama alta e média dos smartphones, segundo fontes internas da indústria afirmaram à agência.
Os insiders confirmaram as previsões da consultoria Isaiah Research, citada pela Reuters, que Xiaomi está tomando medidas agressivas, ponderando encomendas de cerca de 100 milhões de celulares entre o quarto trimestre de 2020 e o primeiro trimestre de 2021.
Empresas chinesas Oppo e Vivo fazem encomendas de até 90 milhões e 70 milhões de telefones respetivamente, enquanto as encomendas de Huawei baixaram para 42 milhões de dispositivos. Ainda nenhuma das quatro empresas comentou a informação.
Além disso, uma das fontes afirmou que Xiaomi pretende colaborar com empresas de distribuição da Huawei na Europa e no sudeste da Ásia de maneira a chegar a acordos exclusivos. A empresa Xiaomi também vê como alvo a parte do mercado de smartphones da Huawei na China.
Os relatos foram divulgados uma semana depois de a Huawei Technologies anunciar que decidiu vender sua marca de smartphones Honor. A empresa luta contra sanções norte-americanas, sofrendo de indisponibilidade persistente de componentes técnicos, necessários para o negócio de celulares, de acordo com um comunicado oficial da Huawei.
Em meados de maio, Pequim avisou Washington contra a "supressão irracional da Huawei" depois que o Departamento de Comércio dos EUA anunciou novo controle da exportação para restringir o acesso do gigante chinês à tecnologia de semicondutores norte-americana.