A taxa de transmissão (Rt, ou seja, o ritmo de contágio) do novo coronavírus no Brasil nesta semana é a maior desde maio, de acordo com monitoramento do Centro de Controle de Epidemias do Imperial College de Londres, no Reino Unido, informou o jornal O Estado de São Paulo.
A atualização da estimativa foi divulgada nesta terça-feira (24) e se refere à semana que começou na segunda-feira (23). O índice passou de 1,10 no dia 16 de novembro para 1,30 no balanço atual.
Isso significa que cada 100 pessoas contaminadas transmitem o vírus para outras 130. Pela margem de erro das estatísticas, essa taxa pode ser maior (Rt de até 1,45) ou menor (Rt de 0,86). Assim, cada 100 pessoas com o vírus poderiam infectar outras 145 ou 86, respectivamente.
A última vez que a taxa de transmissão se aproximou deste patamar no país aconteceu na semana de 24 de maio, quando atingiu 1,31. Depois de ficar abaixo de 1,00 por cinco semanas seguidas – entre o final de setembro e o final de outubro – , o índice no Brasil voltou ao patamar acima de 1,00 no início de novembro.
Há duas semanas, o número estava em 0,68, o menor desde abril. A data coincide com o atraso na atualização de casos e mortes pela COVID-19 pelo Ministério da Saúde. Problemas técnicos atrasaram o registro em quatro estados. A pasta admitiu na sexta-feira (13) o suposto ataque cibernético em seu sistema, mas sem confirmação ainda.
As estimativas também foram afetadas porque o estudo envolve estes dados. A taxa de contágio retrata uma média nacional, sem abordar as peculiaridades de cada estado ou região.
A média móvel diária de mortes causadas pelo novo coronavírus no Brasil ficou em 496 na segunda-feira (23). O cálculo registra as oscilações dos últimos sete dias e elimina distorções entre um número alto de meio de semana e baixo de fim dela.
Na segunda-feira (23), o país registrou mais 344 mortes e 17.585 novos casos da COVID-19, totalizando 169.541 óbitos e 6.088.004 diagnósticos da doença.